Transações de crédito malparado recuaram 42% até junho, diz a Moody’s

  • Lusa
  • 30 Setembro 2020

A agência de rating Moody's analisou operações em Gaia, Guincho e Évora, e revela que Gaia foi a única das analisadas à escala europeia a não registar uma quebra nas transações de crédito malparado.

As transações de crédito malparado em Portugal no segundo trimestre do ano diminuíram 42% face ao mesmo período de 2019, de acordo com um relatório esta quarta-feira divulgado pela agência de rating Moody’s.

“As transações portuguesas registaram decréscimos médios de cerca de 42% em abril, maio e junho, comparado com a média de 2019”, pode ler-se num relatório esta quarta-feira divulgado pela agência de notação financeira.

O relatório da agência demonstra que 13 das 22 operações de transação de crédito malparado (NPL, ‘non-performing loans’, na sigla inglesa) em Itália, Espanha e Portugal “demonstram recolhas brutas acumuladas abaixo das antecipadas pelas projeções dos credores nos planos de negócio originais“.

A Moody’s assinala ainda que no final do primeiro trimestre, o ‘stock’ de crédito malparado em Portugal era de 14,5 mil milhões de euros, “correspondendo a um rácio de NPL de 6,2%, abaixo dos 19,6 mil milhões de euros” registados em setembro de 2019.

O documento da agência norte-americana analisa três operações de crédito malparado em Portugal (Gaia, Guincho e Évora), e revela que Gaia foi a única das analisadas à escala europeia a não registar um aumento médio da desvalorização (de 13% para 25% desde a última publicação da Moody’s).

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A Moody’s revela ainda que no primeiro trimestre de 2020 “os bancos italianos tinham o segundo maior ‘stock’ absoluto de NPL depois de França, nos 111,6 mil milhões de euros, correspondendo a um rácio de NPL de 6,4%, abaixo dos 127,1 mil milhões em setembro de 2019″.

Já os bancos irlandeses tinham um ‘stock’ de 7,1 mil milhões de euros, “correspondente a um rácio de NPL de 3,3%, abaixo dos 8,8 mil milhões no mesmo período”.

Na Grécia, o crédito malparado ascendeu aos 69,5 mil milhões de euros, um rácio de 34%, abaixo dos 84,3 milhões registados em março de 2019.

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