Hospital Lusíadas Porto e Braga assinam acordo para tratar doentes do SNS

Hospital Lusíadas Porto e Braga vão apoiar o Sistema Nacional de Saúde. Objetivo é contribuir de forma mais ativa nas consultas diagnóstico e tratamento das demais patologias não Covid.

Face ao recorde de casos de Covid-19 em Portugal e à escassez de recursos na zona norte, o grupo Lusíadas Saúde está a reajustar o perfil do Hospital Lusíadas Porto e Hospital Lusíadas Braga para ajudar o Sistema Nacional de Saúde (SNS) no combate à pandemia. De acordo com o grupo existe uma “imperativa necessidade de atuar nas consultas, diagnóstico e tratamento das demais patologias não Covid-19″.

“A Lusíadas Saúde tem vindo a ter contactos diretos com a ARS Norte e iniciado o processo de adesão ao acordo que, para além da duplicação da capacidade instalada para o Sistema Integrado de Gestão de Inscritos para Cirurgia (SIGIC) – já informada e em operação –, irá permitir o internamento de doentes com patologia médica em fase aguda. Por outro lado, está ainda a ser ultimada a negociação de capacidade com um Hospital de referência, no Porto, para acelerar a execução das cirurgias urgentes em lista de espera, num total de 25 camas médicas e cirúrgicas”, explica o grupo em comunicado. Este é o segundo acordo que a ARS Norte assina esta semana. O primeiro foi com a José de Mello Saúde (Grupo CUF) para que a CUF do Porto receba doentes Covid do SNS.

Em causa está o despacho do gabinete da ministra da Saúde, de 3 de novembro de 2020, que suspende “a atividade assistencial não urgente que, pela sua natureza ou prioridade clínica, não implique risco de vida para os utentes”. Para o grupo esta contingência implica um “crescimento ainda mais acentuado das listas de espera, que atualmente já se encontram na ordem de um milhão de consultas, 100 mil exames e mais de 60 mil cirurgias”. Um alerta que tinha sido lançado também pelo Tribunal de Contas perante o agravamento das listas de espera e para o risco de incapacidade do SNS em lidar com o aumento da procura tendo em conta a suspensão dos atos médicos não urgentes entre 15 de março e 2 de maio.

O grupo adianta ainda que o Hospital Lusíadas Porto está ainda a estudar a possibilidade de ajustar o seu perfil assistencial para poder contribuir para o internamento de doentes com Covid-19 e “aguarda a atualização do respetivo protocolo por parte do Ministério da Saúde, que deverá assentar na experiência associada à duração média de internamento em enfermaria e em cuidados intensivos e nos respetivos custos efetivos suportados pelos hospitais do Serviço Nacional de Saúde.

A Lusíadas Saúde refere que desde o fim do período de confinamento já realizou de mais de 1.500 cirurgias ao abrigo do programa Sistema Integrado de Gestão de Inscritos para Cirurgia (SIGIC) do Serviço Nacional de Saúde.

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