Há oito anos que a bolsa de Lisboa não tinha um arranque de ano tão fulgurante

O PSI-20 valorizou 1,93% para 4.993 pontos, tendo mesmo chegado a superar a barreira dos 5.000 pontos, durante a sessão, pela primeira vez desde final de fevereiro do ano passado.

Há oito anos que a bolsa de Lisboa não entrava num ano novo com um ganho tão expressivo. O PSI-20 valorizou 1,93% para barreira dos 5.000 pontos, durante a sessão, pela primeira vez desde final de fevereiro do ano passado. O entusiasmo dos investidores face ao impulso que a vacinação poderá dar à recuperação económica foi transversal a todas as bolsas europeias.

Após 2020 ter fechado na linha d’água para a generalidade das bolsas (o alemão DAX foi a exeção), a esperança numa solução para a pandemia aumenta a confiança numa recuperação económica em 2021. O Stoxx 600 e o francês CAC 40 ganharam 0,7%, o alemão DAX subiu 0,1%, o espanhol IBEX 35 avançou 0,2% e o britânico FTSE 100 disparou 1,8%.

As valorizações do fecho representam, ainda assim, um recuo face aos fortes ganhos da manhã. O entusiasmo gerado pelo Reino Unido se ter tornado no primeiro país do mundo a administrar a vacina nacional da Oxford / AstraZeneca foi, no entanto, travado também por notícias do país. O Reino Unido registou um número recorde de casos e colocou o país em alerta máximo, incluindo restrições mais apertadas e o fecho de escolas.

Grupo EDP em máximos

O grupo EDP — o grande vencedor do ano na bolsa de Lisboa em 2020 mesmo tendo vivido um ano instável de mudança na liderança — manteve a tendência positiva em 2021. A EDP Renováveis disparou 5,48% para 24,05 euros por ação e vale já mais de 20 mil milhões de euros em capitalização bolsista. Já a EDP subiu 4,18% para 5,372 euros por ação, o que representa uma capitalização de 20,6 mil milhões de euros.

Ambas as empresas atingiram novos máximos de sempre na sessão, em reação em alta às notícias de que a empresa polaca de energia Tauron Pokska Energia juntou-se à joint venture da portuguesa EDP Renováveis e da francesa Engie para construir parques eólico no Mar Báltico.

Entre os restantes “pesos-pesados” do índice, a Mota-Jerónimo Martins ganha 2,06% para 14,105 euros, a Nos sobe 1,7% para 2,906 euros e o BCP somam 1,7% para 0,1253 euros. A Mota-Engil — que ganhou mais um contrato em África para construir uma autoestrada no Gana por 570 milhões de dólares — valorizou 1,03% para 1,378 euros.

Em sentido contrário, a Galp Energia recuou 2,9% para 8,50 euros após ter sido alvo de uma revisão em baixa do preço alvo para as ações, pelo Bernstein, para 13 euros por ação, da anterior meta de 15 euros. Além da petrolífera liderada por Carlos Gomes da Silva, fecharam outras seis cotadas no vermelho. Neste grupo incluem-se as industriais do setor do papel e pasta de papel Semapa (-0,56%) e Navigator (-0,4%).

(Notícia atualizada às 17h00)

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