Fundos devem servir para tornar o turismo mais resiliente

  • Lusa
  • 21 Janeiro 2021

Comissário europeu do Mercado Interno defende que o Fundo de Recuperação e orçamento da UE devem ser usados para ajudar o turismo “a emergir com mais resiliência às crises que se avizinham.

O comissário europeu do Mercado Interno, Thierry Breton, defendeu esta quinta-feira que o Fundo de Recuperação e orçamento da União Europeia (UE) devem ser usados para ajudar o turismo “a emergir com mais resiliência às crises que se avizinham”.

O comissário, que intervinha por videoconferência num fórum internacional sobre educação, emprego e formação em turismo, considerou que a pandemia pode atuar como “um acelerador da transformação” do setor turístico e, para isso, “a indústria, as autoridades públicas, os parceiros sociais, os fornecedores de educação e comércio devem unir forças”.

“Não devemos deixar de lado uma perspetiva de longo prazo e como ter um turismo mais resiliente”, frisou Breton.

Para o comissário, as verbas do Fundo de Recuperação (“NextGenerationEU”) e do orçamento plurianual da UE, um pacote global de 1,8 biliões de euros, devem ser nomeadamente orientadas para o setor com “um objetivo duplo: agir no curto prazo e impulsionar o investimento de longo prazo para a simples transformação do turismo em verde e digital”.

Posição semelhante foi assumida pelo ministro da Economia, Pedro Siza Vieira, que apontou a importância dos instrumentos económicos europeus na recuperação e transformação do setor turístico para que este seja mais “verde” e “digital”.

“Ao começarmos a preparar a implementação dos fundos europeus do ‘NextGenerationEU’, estamos também a considerar a melhor forma de preparar as nossas sociedades e as nossas economias para os desafios de amanhã”, disse Siza Vieira, que interveio igualmente por videoconferência.

Dessa forma, frisou, “a sociedade e a economia de amanhã serão mais digitais, mais sustentáveis e certamente mais resilientes”.

Para o ministro, responsável também pela Transição Digital, as tecnologias digitais serão “fundamentais” no futuro da atividade turística, sobretudo na seleção de destinos, nos atos de compra e pagamento, no contacto entre empresas e clientes, entre outros.

No âmbito da presidência portuguesa do Conselho da União Europeia (UE), que teve início em 01 de janeiro, Siza Vieira considera “oportuno” dar atenção ao turismo, desde o seu reinício ao nível de investimento, para que as competências dos recursos humanos empregados no setor estejam “em dia no que diz respeito às competências críticas que serão exigidas para o futuro”.

O “Fórum Internacional – Educação, Emprego e Formação em Turismo” foi organizado pelo Ministério da Economia e da Transição Digital, no âmbito da Presidência Portuguesa do Conselho da União Europeia (UE), e pelo Turismo de Portugal, para debater a retoma, valorização e inovação deste setor da economia.

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