Entraram 7.114 profissionais no SNS no primeiro ano da pandemia

Contavam-se 718.823 postos de trabalho nas administrações públicas no final do ano passado, mais 19 mil do que no ano anterior. A maioria foi para o SNS ou para as escolas.

O número de funcionários públicos cresceu para 718.823 no final de 2020, de acordo com os dados divulgados esta segunda-feira pela Direção-Geral da Administração e do Emprego Público (DGAEP). Este número representa um aumento de 19.792 postos de trabalho, face a 31 de dezembro de 2019. Cerca de sete mil foram para hospitais do Serviço Nacional de Saúde (SNS), naquele que foi o primeiro ano da pandemia.

Comparando com o ano anterior, “o aumento de emprego verificou-se essencialmente nas Entidades Públicas Empresariais (EPE) do SNS (+7.114) e nos Estabelecimentos de Educação e Ensino Básico e Secundário (+6.313)”, nota a DGAEP. Estes números são a variação homóloga, ou seja, o saldo.

Quanto às saídas, a DGAEP não discrimina da mesma forma, mas é possível verificar que no setor empresarial do Estado (que inclui Entidades Reclassificadas e outras fora do SNS), se registaram cerca de oito mil saídas definitivas, das quais 1.594 por reforma ou aposentação, no acumulado do ano. Neste setor registaram-se também fluxos em mobilidade, cujo saldo é de seis mil funcionários.

De notar que já em 2019, o aumento no número de profissionais nas EPE do SNS face ao ano anterior foi de 6.701, segundo os dados da DGAEP. Na altura, contribuiu para este aumento a integração do Hospital de Braga, que era gerido em regime de parceria público-privada, no universo das entidades das administrações públicas, o que representou mais de 2.869 postos de trabalho.

Já quando se compara o número total de funcionários públicos no final de 2020 com o trimestre anterior, a evolução é semelhante. Havia mais 17.877 postos de trabalho (+2,6%), sendo que “o maior contributo para o aumento de emprego é proveniente das áreas governativas da Educação e da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (+13.030, no seu conjunto)”. Isto reflete ainda a “atividade de início do ano letivo”, nomeadamente com o processo de colocação de docentes.

Também o setor empresarial do Estado contribuiu para a subida, com 2.987 postos de trabalho, “sobretudo nas carreiras de enfermeiro e de assistente operacional”, sinaliza a DGAEP.

Salário base continua a aumentar

Quanto aos salários dos funcionários públicos, a DGAEP divulga dados relativos a outubro do ano passado. Nesse mês, o valor da remuneração base média mensal dos trabalhadores a tempo completo nas administrações públicas situava-se em cerca de 1.535 euros, mais 2% face ao mesmo período do ano anterior.

“Em outubro de 2020, o valor da remuneração base média mensal dos trabalhadores a tempo completo no setor das administrações públicas situava-se em cerca de 1.535 euros, correspondendo a uma variação global média de 0,1%, em relação ao mês de referência do trimestre precedente (julho 2020), e a uma variação homóloga de 2,0%”, aponta a DGAEP.

O aumento homólogo deveu-se sobretudo à “atualização do valor da base remuneratória (645,07 euros) bem como do processo gradual de descongelamento das carreiras, para além da atualização do valor da Retribuição Mínima Mensal Garantida (RMMG) para os 635,00 euros”.

Já o ganho médio mensal nas administrações públicas é estimado, para outubro de 2020, em 1.792,30 euros, o que representa uma subida homóloga de 1,4%, mas uma queda de 0,3% comparando com o trimestre anterior. A subida face ao ano anterior “resulta sobretudo do aumento da remuneração
base média mensal e da diminuição global da importância das restantes componentes do ganho, como prémios e subsídios ou suplementos regulares, e pagamentos por horas suplementares ou extraordinárias”, sublinha a DGAEP.

(Notícia atualizada pela última vez às 10h20)

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Comentários ({{ total }})

Entraram 7.114 profissionais no SNS no primeiro ano da pandemia

Respostas a {{ screenParentAuthor }} ({{ totalReplies }})

{{ noCommentsLabel }}

Ainda ninguém comentou este artigo.

Promova a discussão dando a sua opinião