Chão das taxas de juro “pode já ter ficado para trás”, alerta Casalinho

  • ECO
  • 17 Fevereiro 2021

Presidente do IGCP diz que "há uma expectativa de que as taxas de juro podem não descer muito mais a partir daqui". Por isso, é preciso acelerar o financiamento nos mercados.

Cristina Casalinho acredita que “o chão das taxas de juro baixas poderá já estar para trás de nós”. A presidente do IGCP alerta, em entrevista ao Público (acesso pago), que o Banco Central Europeu está a abrandar o ritmo de compras de dívida, o que deixará de colocar pressão nas taxas de mercados, defendendo que Portugal, tal como outros países do euro, acelerem os seus programas de financiamento.

“Se pensarmos que nos últimos meses o ritmo de compras abrandou, juntando ainda as expectativas de inflação, há uma expectativa de que as taxas de juro podem não descer muito mais a partir daqui“. Por isso “é normal que exista um certo sentimento de urgência por parte dos emitentes em aproveitar este momento”, diz Casalinho, lembrando que só em 2020 o BCE comprou cerca de 20 mil milhões de dívida, numa altura em que Portugal emitiu cerca de 27 mil milhões.

A presidente do IGCP salienta que os vários países do euro estão a aproveitar “para emitir agora porque à frente podem não ter taxas de juro tão baixas”. Dito de outra forma, “o chão das taxas de juro baixas poderá já estar para trás de nós e portanto é tentar emitir enquanto esta janela não fecha”, atira, isto depois de Portugal ter registado, recentemente, juros negativos na maturidade a 10 anos.

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