Apollo Management compra Athene Holding em operação de 11 mil milhões
Por troca da totalidade do capital das intervenientes, a Apollo integra a seguradora norte-americana do ramo Vida e passa a gerir em exclusivo a totalidade das responsabilidades de capital.
A Apollo Global Management (Apollo), sociedade americana de investimento e capital privado, anunciou uma fusão – por aquisição – da participada Athene Holding, uma companhia fundada em 2009 pela própria Apollo e que atua nos seguros Vida (planos de poupança e reforma).
A transação, cujo valor ascende a 11 mil milhões de dólares (cerca de 9,26 mil milhões de euros), é realizada pela troca de 1,149 ações da Apollo por cada título da Athene e supõe a aquisição de 65% do capital social que a Apollo ainda não detinha na sua participada. Esperando que a transação esteja concluída até janeiro de 2022, a adquirente afirma que a entidade resultante da fusão será detida em 76% pelos acionistas da Apollo Global Management (os restantes 24% serão dos restantes acionistas da Athene) e apresentará, em base proforma, capitalização estimada em 29 mil milhões de dólares.
“A fusão da Apollo e da Athene combina duas empresas em crescimento e que fornecem produtos e serviços com grande procura: retorno do investimento e rendimentos da poupança-reforma“, salienta um comunicado da Apollo.
A arquitetura da transação e a integração orgânica das duas entidades aproveita as vantagens da complementaridade, em que o passivo de longo prazo (seguros Vida e pensões da Athene) será investido exclusivamente pela entidade de controlo com vista a otimizar rentabilidades, uma função em que a Apollo é especialista e pela qual, enquanto gestora de ativos, já cobrava comissões ao longo dos mais de 10 anos de colaboração com a participada que acaba de absorver.
A Athene, fundada em plena crise financeira (2009), desenvolve atividade através de subsidiárias nos EUA, Canadá e Bermuda. A companhia dedicada à gestão de aforro e planos de reforma, contava perto de 203 mil milhões de dólares em ativos no final de dezembro de 2020, menos de metade do que os 455 mil milhões de dólares que a Apollo geria na mesma data, entre carteiras de crédito (parte mais significativa do negócio), capital privado e gestão de património.
Combinadas, embora “sem consolidação” (ambas as companhias irão manter-se separadas enquanto entidades operacionais), a sociedade “coordenadora” será liderada por Marc Rowan, um dos cofundadores da Apollo, que deverá assumir a liderança da nova entidade logo que o atual presidente executivo, Leon Black, abandonar, num prazo perspetivado até final de julho.
Black, que permanecerá como presidente do conselho de administração, vai afastar-se da liderança executiva da Apollo após um inquérito que confirmou relações de negócios com Jeffrey Epstein, empresário já falecido e acusado de liderar uma rede de pedofilia.
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