Estas são as cidades mais baratas e mais caras do país para arrendar casa

As rendas subiram 5,5% no ano passado, mas uma análise regional mostra que houve descidas de preços em várias cidades do país. Saiba quais os municípios mais caros e mais baratos para arrendar casa.

Nem a pandemia impediu as rendas de continuarem a subir, mas bastou para travar o ritmo de crescimento. No ano passado, arrendar uma casa ficou 5,5% mais caro, com o metro quadrados a custar 5,61 euros. Uma análise mais regional mostra que houve muitas variações: cidades onde os valores do arrendamento caíram 15% e cidades os valores dispararam quase 40%, sendo que é em Lisboa que é mais caro arrendar um imóvel.

Os 79.878 novos contratos de arrendamento que foram assinados no ano passado refletem uma renda mediana de 5,61 euros por metro quadrado, equivalente a uma subida de 5,5% face a 2019, mostram os dados do Instituto Nacional de Estatística (INE). Contudo, este aumento é metade do observado em 2019 — 10,8% —, o que reflete os efeitos da pandemia no mercado imobiliário.

Em 2020, foram 34 os municípios com rendas acima do valor nacional, com a capital a manter-se no topo. Lisboa fechou o ano com um valor médio de 11,46 euros por metro quadrado, o que mostra, porém, uma queda de 4,2% face ao ano anterior. Atrás aparece Cascais (10,42 euros/m2), Oeiras (10,01 euros/m2), Amadora (8,76 euros/m2) e o Porto (8,7 euros/m2).

No lado oposto, as cidades mais baratas para viver estão no interior do país. Vila Flor (Bragança) lidera ao ser o município mais barato para arrendar casa: 1,86 euros por metro quadrado. Atrás aparece Belmonte, em Castelo Branco (dois euros/m2), Macedo de Cavaleiros em Bragança (2,16 euros/m2), Valpaços em Vila Real (2,27 euros/m2) e Sátão em Viseu (2,28 euros/m2).

 

Para se ter uma noção da diferença de valores, arrendar um T2 com 70 metros quadrados em Lisboa pode custar 802 euros por mês, enquanto arrendar o mesmo T2 em Vila Flor custaria apenas 130 euros. Ou seja, quase sete vezes menos.

Rendas caíram até 14% e dispararam quase 40%

Numa análise à evolução das rendas em ano de pandemia, a tendência é também díspar. São Brás de Alportel, em Faro — com pouco mais de 10 mil habitantes de acordo com os Censos de 2011 — viu as rendas dispararem 37,88% para uma média de 5,46 euros por metro quadrado. Foi a cidade onde as rendas mais subiram em 2020, de acordo com as contas feitas pelo ECO.

Atrás aparece Borba, em Évora (+35,27% para 3,03 euros/m2), Baião, no Porto (+34,12% para 2,83 euros/m2), Portalegre (+32,68% para 3,41 euros/m2) e Cadaval, em Lisboa (+28,03% para 3,38 euros/m2). Contudo, aqui importa referir que, por se tratarem de cidades mais pequenas, o número de contratos de arrendamento é, por norma, mais baixo, o que facilita grandes variações de preços.

Já no lado oposto, as maiores descidas acabaram por ser menos acentuadas. As contas feitas pelo ECO mostram que a cidade de Ribeira Grande, nos Açores, viu as rendas caírem 13,54% para 3,13 euros por metro quadrado. Foi a maior descida observada em todo o país.

Ainda nas maiores quedas destacam-se Lagoa, no Algarve (-11,6% para 3,81 euros/m2), Oliveira de Frades, em Viseu (-10,86% para 2,79 euros/m2), Machico, na Madeira (-10,63% para 3,95 euros/m2) e Vila do Bispo, no Algarve (-9,51% para 4,85 euros/m2).

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