S&P 500 fecha acima dos 4.000 pontos pela primeira vez

O S&P 500 superou pela primeira vez o patamar dos quatro mil pontos e acumula um ganho de cerca de 7% desde o início do ano.

Não é mentira: o S&P 500 brilhou na primeira sessão do mês, 1 de abril, e fechou pela primeira vez na sua história acima dos 4.000 pontos. A valorização do setor tecnológico, em particular da Microsoft, Amazon e Alphabet, assim como o otimismo em relação à retoma da economia norte-americana, deram gás a uma sessão de ganhos em Wall Stress.

O Dow Jones subiu 0,52% para os 33.153,21 pontos e o Nasdaq valorizou 1,76% para os 13.480,11 pontos, beneficiando de nesta sessão os ganhos terem sido maiores no setor tecnológico. Mas a estrela foi o S&P 500 com uma subida de 1,18% para os 4.019,86 pontos, ficando na história como a sessão em que ultrapassou este patamar pela primeira vez. O índice acumula um ganho de cerca de 7% desde o início de ano e de cerca de 80% desde o mínimo atingido em março de 2020, no início da pandemia.

Os ganhos do índice também vieram do setor tecnológico — que tinha vindo a sofrer nas últimas semanas em bolsa — com as gigantes Microsoft (que assinou um contrato de 21,9 mil milhões de dólares com o exército norte-americano), Amazon e Alphabet a subir 1% ou mais esta quinta-feira, acompanhadas também das valorizações da Nvidia e da Micron. Esta última cotada, que valorizou 4%, apresentou resultados acima do esperado, além de ter elevado as expectativas em relação aos resultados futuros, contagiando todo o setor.

As bolsas beneficiaram ainda dos detalhes dados pelo presidente norte-americano sobre a proposta de investimento em infraestruturas, o qual inclui estradas, pontes, sistemas de gestão de água e a aposta na energia verde. Apesar destes investimentos serem, no global, positivos para a economia norte-americana, os investidores temem que o aumento de impostos (subida do IRC para 28%) previsto por Biden tenha impacto nos lucros das cotadas e, por isso, na sua cotação em bolsa.

Nas estatísticas tanto houve dados positivos como negativos. Por um lado, um indicador da atividade industrial nos EUA subiu em março para o nível mais elevado em 37 anos, com o emprego nas fábricas a atingir máximos de fevereiro de 2018. Por outro lado, houve mais norte-americanos a pedir o subsídio de desemprego na semana passada, ao contrário do esperado pelos economistas consultados pela Reuters.

Nas cotadas, entre as quedas é de notar a desvalorização de 0,5% das ações da Johnson & Johnson depois de a cotada ter revelado que houve um problema num dos fabricantes da sua vacina, podendo haver um desperdício de 15 milhões de doses, o que poderá prejudicar as entregas previstas.

Pela primeira vez desde março de 2020, o índice de volatilidade (CBOE) ficou abaixo dos 18 pontos, um nível semelhante ao registado antes da crise pandémica, a qual abalou os mercados financeiros.

Esta sexta-feira Wall Street estará fechada por causa do feriado de Páscoa (“Good Friday”).

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