Portugal vai receber 160 mil vacinas das 10 milhões de doses “extra” que a Pfizer entregará à UE

A Pfizer anunciou que ia entregar mais 10 milhões de doses à União Europeia no segundo trimestre, face ao esperado. Os Estados-membros decidiram agora como as vacinas vão ser distribuídas.

Portugal vai receber cerca de 160 mil vacinas, segundo disse fonte diplomática ao ECO, das 10 milhões de doses extra que a Pfizer/BioNTech decidiu entregar à União Europeia no segundo trimestre deste ano, face ao que tinha previsto. Os Estados-membros chegaram a acordo esta quinta-feira para a distribuir dessas doses, com 19 países (incluindo Portugal) a decidirem doar algumas das doses a que tinham direito a cinco países. António Costa congratulou-se com o acordo e definiu o objetivo de ter “pelo menos 45% da população até ao final de junho”.

O Conselho Europeu de dia 25 de março tinha decidido que a distribuição seria feita com base na proporção da população de cada país, mas definia que podia haver um acordo entre os países “no espírito de solidariedade” para que mais vacinas fossem para as localizações mais necessitadas de doses. O objetivo passa por tentar diminuir a diferença entre os Estados-membros da percentagem de população vacinada.

Esta quinta-feira os Estados-membros chegaram a uma solução “one-off” que permitirá uma “expressão significativa da solidariedade através da distribuição de quase três milhões de vacinas para os Estados-membros que mais necessitam“, lê-se no comunicado da presidência portuguesa do Conselho da União Europeia divulgado esta quinta-feira.

Assim, 19 países — Bélgica, Chipre, Dinamarca, Finlândia, França, Alemanha, Grécia, Hungria, Irlanda, Itália, Lituânia, Luxemburgo, Malta, Holanda, Polónia, Portugal, Roménia, Espanha e Suécia — decidiram ficar com a sua quota-parte de apenas 6,66 milhões em vez das 10 milhões de doses, libertando quase três milhões de doses para os países mais necessitados.

É o caso da Bulgária, Croácia, Estónia, Letónia e Eslováquia que, além da sua quota-parte relativa às doses extra, recebem ainda mais 2.854.654 de “vacinas solidárias”.

Houve três países — Áustria, República Checa e Eslovénia — que decidiram não fazer parte do acordo e, assim, vão receber a sua quota-parte relativa às 10 milhões de doses.

Apesar de não ter existido um esforço coletivo, o primeiro-ministro português saudou o acordo: “Saúdo o acordo hoje alcançado para a partilha solidária de vacinas entre os EM da #UE, que possibilita a vacinação em todos de pelo menos 45% da população até ao final de junho. Temos agora de acelerar a vacinação e pôr em marcha uma recuperação justa, verde e digital”, escreveu no Twitter.

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