Aon já apresentou concessões em Bruxelas para obter aprovação da fusão com a WTW

  • ECO Seguros
  • 12 Abril 2021

As cedências da Aon para viabilizar a fusão chegaram a Bruxelas na passada sexta-feira. O prazo para o desfecho recomeçou a contar, esperando-se que a Comissão Europeia decida até 12 de julho.

A Aon Plc já comunicou às autoridades de europeias da Concorrência a lista de concessões para obter a aprovação da projetada fusão com a Willis Towers Watson (WTW).

A Comissão Europeia acusa, com data de 9 de abril, a receção dos compromissos assumidos pela companhia, e indica a nova data previsível para uma decisão. A notificação da Aon à Comissão Europeia reabre o processo de avaliação da operação e calendariza eventual decisão para 12 de julho, indica atualização oficial relativa à operação de concentração que cria o novo líder global da corretagem de seguros e está sob escrutínio aprofundado da Direção-geral da Concorrência da UE, organismo de fiscalização tutelado pela Comissão Europeia (CE).

O site da Comissão Europeia não detalha o teor as concessões feitas pela Aon mas, de acordo com os procedimentos para casos semelhantes, os serviços da Concorrência farão nova ronda de consulta ao mercado para recolher reações de concorrentes e outros interessados e sustentar a decisão, que poderá uma de três: aprovar a fusão, exigir remédios corretivos adicionais ou chumbá-la.

A lista de compromissos agora entregue em Bruxelas, a Aon terá proposto vender negócios na Alemanha, Espanha, França e nos Países Baixos, incluindo linhas financeiras e profissionais e atividades aeroespaciais e cibernéticas, disse à agência Reuters uma fonte próxima do processo. A lista de concessões inclui ainda atividades de corretagem de risco empresarial em alguns outros países, porquanto um potencial comprador avalia os ativos, segundo a mesma fonte.

O projeto de fusão estimado em 30 mil milhões de dólares foi anunciado em março de 2020, aprovado em agosto pelos acionistas das protagonistas, e formalmente notificado às autoridades europeias em novembro do mesmo ano.

Após uma análise preliminar à operação, o plano de combinação entre as duas companhias passou a uma segunda fase e, em resultado de análise aprofundada, a apreciação foi suspensa em fevereiro deste ano, deixando as proponentes confrontadas com a necessidade de resolver as objeções (de Bruxelas), segundo as quais, nas condições apresentadas, a operação criaria limitações no acesso ao mercado, colocando barreiras a uma concorrência sã no mercado europeu da corretagem de seguros e consultoria de risco.

Além do mercado único europeu, o potencial impacto da operação no mercado global justificou preocupação a reguladores de diversas geografias, nomeadamente nos EUA, na Austrália e, mais recentemente, em Singapura.

(Notícia atualizada às 9h25, de 13 abril, com informação da agência Reuters).

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