Novo confinamento tirou 91% das receitas ao turismo

Número de turistas em fevereiro caiu 87%, naquele que foi o terceiro pior mês de sempre para o setor desde que a pandemia surgiu no país.

Os números já apontavam nesse sentido e acabaram por se confirmar. Fevereiro foi mesmo o terceiro pior mês para o turismo desde o início da pandemia, com apenas 208.200 turistas a passarem pelos alojamentos nacionais, menos 86,9% do que no mesmo mês do ano passado. De acordo com os dados do Instituto Nacional de Estatística (INE), as receitas caíram 90,5% para 18,6 milhões de euros.

Em fevereiro, os alojamentos turísticos nacionais receberam 208.200 hóspedes, num total de 472.900 dormidas. Estes números representam quebras de 86,9% e 87,7%, respetivamente, superiores às verificadas em janeiro (-78,8% e -78,5%).

“Desde o início da pandemia, fevereiro foi o terceiro mês com maior redução do número de dormidas, tendo sido apenas ultrapassado pelos meses de abril e maio de 2020 (-97,4% e -95,8%, respetivamente)”, refere o INE, ressalvando que estes resultados foram influenciados pelo facto de este ano não terem sido realizados eventos de Carnaval.

Em termos de proveitos, estes ascenderam a 18,6 milhões de euros, o que representa uma quebra de 90,5% face a fevereiro do ano passado. Já os proveitos de aposento caíram 89,7% para 14,3 milhões de euros. No conjunto dos estabelecimentos de alojamento turístico, o rendimento médio por quarto disponível situou-se em 5,7 euros em fevereiro, refletindo uma diminuição de 80,1% (-71,7% em janeiro).

Sete em cada 10 turistas foram nacionais

Numa análise mais fina aos hóspedes, o mercado interno (peso de 69,8%) contribuiu com 329.900 dormidas, o que representou um decréscimo de 74,8%. Por sua vez, as dormidas dos hóspedes internacionais diminuíram 94,4% e totalizaram 143.000. As maiores reduções observaram-se nos turistas da China (-95,8%), dos Estados Unidos (-95%) e da Irlanda (-93,4%).

Já no que toca às localizações mais procuradas, “em fevereiro, todas as regiões registaram decréscimos expressivos das dormidas, superiores a 75%”, refere o INE, destacando o Alentejo (-75,9%) e os Açores (-78,1%) pelas menores descidas e a Madeira (-92,6%), o Algarve (-91,9%) e a Área Metropolitana de Lisboa (-88,5%) com as maiores perdas de dormidas.

(Notícia atualizada às 11h40 com mais informação)

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