Projeto “Baterias 2030” investe 8,3 milhões de euros em formas alternativas de energia

  • Lusa
  • 27 Abril 2021

Catorze empresas e nove centros de investigação vão investir 8,3 milhões de euros no “Baterias 2030”. Projeto vai focar-se nos próximos dois anos num modelo energético baseado na produção renovável.

Catorze empresas e nove centros de investigação vão investir 8,3 milhões de euros no “Baterias 2030”, projeto liderado por uma empresa de Braga que pretende criar formas alternativas de gerar, armazenar e distribuir energia elétrica, foi hoje anunciado.

Em comunicado, o Laboratório Ibérico Internacional de Nanotecnologia (INL) refere que “a face mais visível” da iniciativa vai ser a construção de um laboratório vivo, no centro da cidade de Braga, com o apoio do município, para demonstrar como as baterias vão ser determinantes nas redes elétricas do futuro próximo, em particular nas zonas mais densamente povoadas.

Até junho de 2023, os parceiros do “Baterias 2030” vão trabalhar em conjunto para criarem tecnologias com base em linhas de investigação que se encontram em diferentes fases de maturidade, de modo a mudar a forma como a energia é produzida, armazenada e gerida.

Citado no comunicado, Raul Cunha, da empresa dst solar, que lidera o projeto, sublinha que “o atual modelo de desenvolvimento, assente no consumo intensivo de energia fóssil, combinado com as dinâmicas territoriais que tendem a concentrar a maioria da população nas áreas urbanas, coloca importantes desafios energéticos ao desenvolvimento das cidades do futuro”.

“Desta forma, à medida que a população mundial se torna cada vez mais urbanizada, com mais de metade (55%) a viver atualmente em cidades e com perspetivas de aumento para uma proporção de 68% até 2050, a descarbonização das cidades torna-se instrumental no combate às alterações climáticas”, acrescenta.

O projeto “Baterias 2030” tem um investimento de 8,3 milhões de euros e vai focar-se, durante os próximos dois anos, “num modelo energético baseado na produção renovável que, por ser intermitente, torna necessário o armazenamento intermédio”.

“Este armazenamento, por motivos de poupanças na distribuição, terá de ser feito localmente, nos próprios edifícios, e integrada em microrredes inteligentes”, diz ainda Raul Cunha, para quem “as baterias vão ser o novo elemento central para a sustentabilidade e descarbonização urbana, contrariando o modelo de desenvolvimento atual que ameaça tornar insustentável a vida nas médias e grandes cidades”.

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