Taxa de desemprego aumentou na maioria das regiões da União Europeia em 2020

Em Portugal, as regiões com a taxa de desemprego mais alta são Algarve, Área Metropolitana de Lisboa e Madeira. Na generalidade do Velho Continente, as regiões turísticas foram muito afetadas.

Num ano marcado pela pandemia de Covid-19, a taxa de desemprego das pessoas entre os 15 e os 74 anos aumentou face a 2019 na maioria das regiões NUTS II da União Europeia (UE), segundo dados divulgados esta quarta-feira pelo Eurostat. Em Portugal, as regiões com a taxa de desemprego mais alta são Algarve, Área Metropolitana de Lisboa (AML) e Madeira.

Depois do ano histórico de 2019 (taxa de desemprego a nível europeu atingiu os mínimos desde 2000), a Covid-19 veio abalar o mercado de trabalho e essa tendência inverteu-se. O aumento foi geral, mas, ainda assim, as taxas de desemprego continuam a ser bastante variáveis entre os Estados-membros.

Assim, as maiores taxas de desemprego foram registadas aqui ao lado, nas cidades autónomas espanholas de Ceuta (24,5%) e Melilha (23,7%). Outras duas regiões espanholas completam o quadro das piores regiões: Ilhas Canárias (22,6%) e Andaluzia (22,3%). Já a taxa de desemprego mais baixa foi registada na região polaca de Wielkopolskie (1,8%). Várias regiões checas estão também entre as taxas de desemprego mais baixas com percentagens entre os 1,9% e os 2,3%.

Em Portugal, as regiões com a taxa de desemprego mais alta são Algarve (com uma subida de 7,1% em 2019 para 8,4% em 2020), AML (de 7,2% para 7,7%) e Madeira (7,1% para 8,1%).

De notar que Portugal no seu todo é muito dependente do turismo, mas regiões como a Madeira e o Algarve foram particularmente afetadas pela crise provocada pela Covid-19 que paralisou o mundo e, consequentemente, o turismo. O mesmo aconteceu em outros países europeus dependentes do turismo: em Espanha, o exemplo das Canárias (de 20,5% para 22,6%) ou Baleares (de 11,8% para 16,1%), na Grécia, também a região que inclui as suas ilhas viu um grande aumento (de 13,3% para 17%).

Apesar da tendência no ano de 2020 ter sido o aumento da taxa de desemprego, 31% das regiões da UE seguiram o sentido oposto. Segundo o gabinete estatístico europeu, as maiores reduções foram registadas na região grega da Macedónia Ocidental (-4,9 pontos percentuais face a 2019). Apesar da cidade de Melilha ter uma das maiores taxas de desemprego, a verdade é que viu uma redução de 3,3 pontos percentuais.

Por fim, o Eurostat indica que os conceitos de desemprego e emprego, tal como são definidos pela Organização Internacional do Trabalho, podem não ser suficientes para analisar o mercado de trabalho devido à pandemia pois “na primeira fase da crise, as medidas ativas de contenção das perdas de emprego geraram faltas e não despedimentos e os indivíduos não puderam procurar trabalho ou não estavam disponíveis devido às medidas restritivas, não sendo contabilizados como desempregados”.

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