Ter conta no banco ficou mais barato, mas levantamentos ao balcão custam mais 20%

De acordo com o Relatório de Supervisão Comportamental do Banco de Portugal, ter uma conta no banco ficou mais barato no ano passado. Comissão de manutenção baixou, mas a das contas base e SMB subiu.

Os últimos anos têm ficado marcados por consecutivos aumentos nas comissões cobradas pelos bancos. 2020 não foi exceção e isso aconteceu, regra geral, na quase totalidade das operações. O aumento mais expressivo face a 2019 fez-se sentir no levantamento de dinheiro ao balcão, cuja comissão disparou, em média, quase 20%. Já as comissões de manutenção de conta baixaram.

De acordo com o Relatório de Supervisão Comportamental do Banco de Portugal, no final do ano passado levantar dinheiro num balcão de uma entidade bancária custava, em média, 4,41 euros. Este valor corresponde a um aumento de 19,19% face a 2019. Porém, entre bancos, o valor associado a esta operação apresenta algumas divergências, podendo não acarretar qualquer custo para os clientes ou, por outro lado, resultar num encargo máximo de 20 euros, revelam os dados divulgados esta segunda-feira, sustentados pelo comparador de comissões do Portal do Cliente Bancário.

Por outro lado, o Banco de Portugal veio revelar que as comissões de manutenção de conta apresentaram uma tendência decrescente no custo no ano passado. Neste caso, o custo médio era de 57,60 euros, uma quebra de 1,0% face ao ano anterior. Contrariamente, a manutenção das contas de Serviços Mínimos Bancários veio trazer custos acrescidos para os portugueses. O encargo anual cresceu 1,13%, para os 3,58 euros — para um máximo de 4,31 euros. Já as contas base, viram o respetivo custo subir 0,02%, para uma média de 63,64 euros. O máximo chega até aos 124,8 euros anuais.

A disponibilização de cartões de débito e de crédito por parte dos bancos também ficou mais cara em 2020. No final do ano passado, a disponibilização de cartão de débito custava, em média, 17,04 euros. Este valor corresponde a um aumento de 1,67% face ao ano anterior. Mas entre bancos, o valor cobrado apresenta bastantes divergências, indo desde um mínimo de 0 euros até a um máximo de 31,20 euros.

Tendência crescente que se verifica, também, nos custos associados aos cartões de crédito. Nesse caso, o custo médio da anuidade era de 17,46 euros, um pouco acima do valor dos cartões de débito, e representando uma subida de 0,40% face ao valor médio registado em 2019. Também aqui se constata a discrepância de valores cobrados que vai de um mínimo de 0 euros até a um máximo de 36,19 euros.

Nas transferências bancárias, os dados do Banco de Portugal indicam a existência de subidas nos custos associados à realização das mesmas através do online e do mobile, acontecendo precisamente o oposto com as transferências ao balcão. Os custos destas últimas sofreram uma quebra de 2,49% face a 2019, para um valor médio de 7,05 euros. Uma operação que, em 2020, envolveram encargos compreendidos entre os 5,41 euros e os 45,76 euros.

Por sua vez, as transferências mobile passaram a custar mais 1,23% em 2020, para uma média de 0,82 euros e variando entre um mínimo de 0 euros e um máximo de 1,82 euros. Por outro lado, os custos associados às transferências realizadas online também aumentaram, 3,39%, para um valor médio de 0,61 euros. O montante máximo cobrado por esta operação foi, em 2020, de 15,60 euros, tendo noutros casos sido gratuito.

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