BRANDS' TRABALHO Lançar uma start-up em tempos de pandemia

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  • 20 Maio 2021

Os primeiros cem dias da NFON Portugal: da decoração do escritório às conversas na cozinha virtual

A NFON AG iniciou operações em Portugal, no final do ano passado, com a abertura de um Centro de I&D no coração de Lisboa. Markus Krammer, Managing Director da NFON Lda, deixou para trás o seu país, a Alemanha, e junto com a família rumou à capital portuguesa, para dar início ao projeto. Percorridos os cerca de 2 800 quilómetros que separam Lisboa da Baviera, era hora de colocar mãos à obra: era preciso, desde logo, dar forma ao escritório e compor uma equipa do zero.

Nem o facto de nos encontrarmos em plena pandemia ou de não falar Português foram entraves para este empreendimento – a vontade de fazer acontecer deste gestor sobrepôs-se ao resto e, hoje, volvidos cem dias desde a abertura do Centro de I&D, a NFON já tem casa e família em Lisboa.

Dar forma e vida às quatro paredes de um escritório

O Marquês de Pombal foi a zona lisboeta selecionada para implementar o escritório da NFON em Portugal. O espaço queria-se moderno, confortável e, sobretudo, à medida de uma equipa dinâmica e motivada, que começava a ganhar forma.

Artur Côrte-Real, Front-end Developer, conta que a chegada à NFON foi uma experiência muito positiva, precisamente por poder acompanhar e contribuir desde o primeiro momento: “Tive oportunidade de conhecer e participar ativamente em todos os aspetos, não só no que se refere ao trabalho que desenvolvo enquanto Developer, mas até mesmo na preparação do escritório, desde instalar máquinas de café e arrumar pratos na copa, a montar a árvore de Natal, por exemplo. Senti-me, desde logo, parte da equipa”.

O companheiro de equipa Pedro Fernandes, também ele Front-end Developer, acrescenta que “todos os nossos inputs são não só bem-vindos, mas também preciosos. Foi-nos, desde logo, transmitido que era importante participarmos na construção e termos orgulho daquele que, mais do que o nosso espaço de trabalho, seria de certa forma a nossa casa. Ainda hoje sentimos esse impacto e isso reflete-se em todas as contribuições que damos para fazer crescer o projeto”.


Um escritório pronto para trabalhar e um novo confinamento obrigatório

Com o espaço finalmente pronto para acomodar da melhor forma a equipa, hoje com doze membros, o ambiente era de grande motivação e entusiasmo, ou não estivéssemos a falar de uma start-up a dar os primeiros passos na “tech scene” fervilhante de Lisboa. Um mês depois, a imposição de um novo confinamento veio ditar uma mudança precoce nas dinâmicas de trabalho, que rapidamente passou a ser remoto.

Mas nem o teletrabalho comprometeu este espírito e o sentido de inovação rapidamente veio à superfície. Fábio Borges, Front-end Developer, partilha que “ainda que não fisicamente, a equipa faz questão de se reunir frequentemente na cozinha, para trocar ideias ou apenas descontrair. Esta cozinha é, na verdade, a “Kitchen”, uma sessão que criámos no Zoom e que está aberta 24/7 para garantir que o modelo de trabalho remoto não faz com que se perca o contacto e a comunicação entre todos”. Luís Santos, Software Developer, explica que “a cozinha apareceu para fomentar a criatividade espontânea, para simular o que naturalmente aconteceria no escritório, por exemplo, quando alguém se junta simplesmente a uma conversa entre outros colegas e contribui com ideias novas e valiosas”.

O dia-a-dia faz-se de sprints, mas há tempo para tudo

A par do que vem sendo, cada vez mais, uma tendência na indústria tecnológica, na NFON trabalha-se sob uma metodologia Scrum, que tem por base uma lógica de sprints, a serem completos num determinado espaço de tempo. O planeamento destes sprints é feito nas reuniões diárias, que são uma constante desde o início e não se alteraram com o teletrabalho. Aqui, preparam-se as tarefas da equipa com seriedade, mas o ambiente é, de um modo geral, descontraído.

“O objetivo é chegar ao final de cada sprint com tudo terminado, mas o dia não é só sentar à frente do computador e trabalhar. Há tempo para falar, descontrair e partilhar experiências”, conta Artur Côrte-Real. “A flexibilidade é uma das principais características na NFON, o que se traduz em maior felicidade para a equipa e, em última análise, num bom equilíbrio das esferas profissional e pessoal”, acrescenta.

Um projeto em crescimento requer uma equipa em expansão


Até ao final do ano, o objetivo da NFON é triplicar a sua equipa, chegando aos 30 colaboradores. Para isso, estão à procura dos melhores talentos de cloud, mais especificamente, Front-end Engineers, Back-end Engineers, Quality Assurance Engineers e SIP Voice Engineers. Uma integração ampla da língua inglesa é necessária, mas também uma grande motivação para desenvolver o potencial das comunicações na nuvem e fazer parte de grandes projetos internacionais.

Jorge Correia, Software Engineering Manager, destaca a importância dos soft skills e garante que “um candidato pode esperar da NFON um espírito de equipa muito grande e genuíno, um ambiente de start-up mas com uma estrutura muito bem organizada, onde todos se podem sentir bem e onde vão aprender e crescer muito, e uma oportunidade única para terem um verdadeiro impacto”.

Implementar um centro de desenvolvimento de software num país estrangeiro, especialmente durante uma pandemia, está longe de ser fácil e não há garantia de sucesso. Que ingredientes são precisos para que um projeto destes resulte? “O meu humilde conselho para criar equipas eficientes e altamente produtivas, nesta situação, é simples: ser autêntico, liderar, orientar, interagir com todos os que se juntam à equipa e comunicar diariamente. O mais importante é fazer com que se sintam uma parte significativa de algo grande. Têm de perceber para que é que estão a trabalhar e, para isso, têm de compreender a visão estratégica!”, afirma o Managing Director Markus Krammer.

 

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