Empresa portuguesa calça filhos de Kourtney Kardashian e de outras celebridades

A empresa portuguesa de calçado produz cerca de 60 mil pares de sapatos por ano e exporta 90% da produção artesanal. Os famosos mocassins já chegaram aos pés dos filhos de Kourtney Kardashian.

A Atlanta Mocassin, fundada em 1987, é uma empresa familiar de segunda geração com sede no Porto. A marca, conhecida internacionalmente pelos seus mocassins, produz cerca de 60 mil pares de sapatos por ano e chega a cerca 50 países, sendo que 90% da produção é exportada, sendo os Estados Unidos o principal mercado externo.

A marca portuense apoia as oficinas tradicionais de calçado em Portugal, porque toda a produção Atlanta Mocassin é contratada em fábricas locais. O CEO da Atlanta Mocassin conta ao ECO que 80% dos artigos da marca são fabricados por encomenda “o que necessita uma coordenação perfeita com os parceiros fabricantes”.

Todos os modelos são fabricados de forma artesanal e cosidos manualmente por 12 colaboradores. “É um processo demorado e que exige muita experiência e dedicação”, salienta o fundador.

A Atlanta Mocassin é uma marca para toda a família, tem modelos para homem, mulher e criança. São “talvez a única marca que fabrica os mesmos modelos para todas as idades, desde bebé a adulto”, admite o CEO e fundador da empresa, Luís Almeida, em declarações. O preço médio pode variar entre 90 e 150 euros consoante os tamanhos e os materiais.

Com 34 anos de história, a marca já calçou várias celebridades internacionais. Os filhos de Kourtney Kardashian são apenas um exemplo.

A marca tem uma coleção direcionada a mães e filhos intitulada de “Mommy&Me”. Para o fundador esta é uma tendência no mercado e tem tido “bastante adesão”. “Nota-se cada vez mais o gosto por combinar conjuntos entre mãe e filha/o. Ou por exemplo, oferecer à futura mamã dois pares de mocassins iguais, um para ela e outro para a bebé que vem a caminho, é um presente muito original”, refere Luís Almeida.

Os Atlanta Mocassin Originals são fabricados de modo artesanal, cosidos manualmente num processo demorado e que exige muita experiência e dedicação, sendo que a maior parte dos artigos são produzidos por encomenda.

Luís Almeida

CEO e fundador da Atlanta Mocassin

Os mocassins são o produto estrela, mas a empresa portuguesa de calçado decidiu ir mais longe e criou uma gama de sapatilhas. Para o CEO foi um “desafio interessante” usar as mesmas peles e texturas dos mocassins para fabricar ténis. Luís Almeida diz que esta foi uma forma de “dar mais opção de escolha aos clientes da marca”. Os produtos estão disponíveis em pontos de venda como retalhistas locais, plataformas online ou mesmo no site próprio da Atlanta Mocassin.

 

Como a procura por peças de roupa e calçado com uma menor pegada ambiental tem vindo a ganhar destaque, a Atlanta Mocassin que lançar em breve uma nova linha de “zero desperdício”. O objetivo é utilizar as sobras de materiais, que em condições normais seriam queimados, para fabricar pequenas séries, até pares únicos, de mocassins de cores e texturas combinadas de forma variada.

“Para além de conseguirmos aproveitar peles que de outra forma seriam desperdiçadas, por não serem suficientes para produzir uma quantidade maior de mocassins, ainda criamos combinações diferentes”, conta com orgulho o fundador.

Pandemia acelera crescimento online da Atlanta Mocassin

Em ano de pandemia, a marca enfrentou algumas dificuldades, tendo que em conta que quase todos os retalhistas distribuidores da Atlanta Mocassin encerraram temporariamente. Com isso a marca ficou condicionada no seu principal canal de vendas. Para colmatar a dificuldade, a maior parte dos investimentos foram dirigidos para o online através da loja própria e também de parcerias com outras lojas online.

O ano passado, 20% das vendas da Atlanta Mocassin vieram do canal online. O fundador destaca que é um canal em “crescimento”. Por isso, o fundador pretendem continuar a investir no online “através da melhoria da loja online”, para a qual lançaram recentemente uma nova versão de site, “mais intuitiva, com uma melhor e mais fácil experiência de compra, mais “mobile friendly”.

Com o boom do canal online, uma das missões da marca é “apostar cada vez mais na comunicação, nas campanhas de marketing em redes sociais e no marketing de influência são também pontos para os quais temos dedicado mais recursos”.

Em relação à retoma, o fundador da empresa familiar conta que estão a evoluir a diferentes velocidades nos diversos mercados. “Se no Japão e nos Estados Unidos a situação tende a normalizar, na Europa os retalhistas ainda estão com muitas dificuldades”, destaca Luís Almeida.

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