Jerónimo de Sousa quer “outra urgência e outro ritmo” na vacinação
“Em vez de [o Governo] agir para garantir o aumento das vacinas, temos reduções de prazos dos fornecimentos não cumpridos”, diz Jerónimo de Sousa, defendendo a diversificação da compra de vacinas.
O secretário-geral do PCP defendeu, na Guarda, a necessidade de o país dar “outra urgência e outro ritmo” à vacinação contra a Covid-19.
Jerónimo de Sousa disse que, na área da saúde, “a resposta falta com determinação e a amplitude que se impunha para garantir a saúde das populações e levar de vencida o combate à Covid-19, nomeadamente com a grande solução que é a da vacinação para todos, dando-lhe uma outra urgência e outro ritmo”.
“Na verdade, à medida que o tempo passa, vê-se quão justa e necessária era a nossa proposta de urgente diversificação da compra de vacinas já referenciadas pela Organização Mundial de Saúde por parte da União Europeia e do nosso país, e quão errada é a estratégia de seguidismo do Governo Português das decisões da Comissão Europeia, que impede o país de ter acesso às vacinas [de] que necessita”, afirmou Jerónimo de Sousa na sessão de apresentação dos candidatos da CDU às eleições autárquicas no concelho da Guarda.
Na sua opinião, “em vez de [o Governo] agir para garantir o aumento das vacinas, temos reduções de prazos dos fornecimentos não cumpridos”.
“É preciso criar as condições para acelerar este processo, dando outra dinâmica à testagem massiva, definindo critérios e prioridades rigorosos, rastreio de todos os novos casos e, com urgência, garantir mais vacinas para encurtar os prazos”, referiu no discurso que proferiu ao ar livre, no Jardim José de Lemos, no centro da cidade mais alta do país.
O secretário-geral do PCP defendeu, ainda, que é preciso “encurtar os prazos também na superação dos problemas que enfrenta o Serviço Nacional de Saúde, desde logo reforçando o número de profissionais em falta, renovando e reforçando os equipamentos, melhorando as condições de trabalho e de atendimento”.
Jerónimo de Sousa também referiu a necessidade do reforço das equipas de saúde pública que considera “fundamentais não apenas em crises epidémicas, mas sobretudo na promoção da saúde e prevenção da doença”.
A pandemia de Covid-19 provocou pelo menos 3.957.862 mortos em todo o mundo, resultantes de mais de 182,5 milhões de casos de infeção, segundo o balanço mais recente feito pela AFP.
Em Portugal, morreram 17.108 pessoas e foram confirmados 884.442 casos de infeção, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.
A doença respiratória é provocada pelo novo coronavírus SARS-CoV-2, detetado no final de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.
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