Mão de ferro da China leva Didi a afundar 30% na bolsa de Nova Iorque

A bolsa de Nova Iorque ainda nem abriu e as ações da Didi já estiveram a afundar 30%, uma semana depois do IPO. Na segunda-feira, Pequim ordenou que a aplicação seja retirada das principais lojas.

As ações da Didi Global estão a afundar 21,64% nas negociações antes da abertura dos mercados, para 12,17 dólares, menos de uma semana depois de os títulos terem chegado à bolsa de Nova Iorque a valerem 14 dólares cada. A oferta pública inicial tinha gerado um encaixe de 4,4 mil milhões de dólares para a empresa asiática.

A queda é uma reação dos investidores à mão de ferro das autoridades chinesas. No domingo, Pequim ordenou que as principais lojas de aplicações móveis deixem de disponibilizar a app da Didi, uma plataforma eletrónica de transporte semelhante à Uber, líder de mercado na China.

Como os mercados norte-americanos estiveram encerrados na segunda-feira, por causa do Dia da Independência, que foi assinalado no domingo, a sessão desta terça-feira será a primeira ocasião que os investidores terão para transacionarem os títulos. Segundo a Bloomberg, as ações da Didi já estiveram a valer 10,9 dólares, uma desvalorização de 30% face à cotação de fecho da última sessão.

Quem investiu na oferta pública inicial, já está a perder dinheiro. “As táticas do governo chinês aparentam ter o duplo propósito de manterem os seus líderes empresariais sob controlo, ao mesmo tempo que garantem que a dor recai principalmente sobre os investidores nos EUA, mais do que na China”, afirmou à agência financeira Michael O’Rourke, chief market strategist da JonesTrading.

A queda das ações da Didi poderá alastrar-se a outras empresas. É o caso da Uber, a segunda maior acionista da companhia, cujos títulos estão a desvalorizar 1,28% nas negociações antes da abertura das bolsas norte-americanas.

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