Fisco investiga negócios de 100 milhões de Luís Filipe Vieira

O processo investiga negócios e financiamentos superiores a 100 milhões de euros que podem ter "acarretado elevados prejuízos para o Estado". Prisão preventiva poderá ser a medida mais certa.

A Procuradoria-Geral da República confirma que foram detidas “quatro pessoas, dois empresários, um agente desportivo e um dirigente desportivo”, referindo-se a Luís Filipe Vieira, Bruno Macedo, o chamado “Rei dos Frangos” e o filho de Vieira, Tiago Vieira. Em causa está a investigação a negócios e financiamentos em montante total superior a 100 milhões de euros, que podem ter resultado em “elevados prejuízos para o Estado”.

Em comunicado, fonte oficial garante que “no âmbito de um inquérito dirigido pelo Ministério Público do Departamento Central de Investigação e Ação Penal cuja investigação se encontra a cargo da Autoridade Tributária e Aduaneira (AT) e com colaboração da Polícia de Segurança Pública (PSP), foram cumpridos cerca de 45 mandados de busca, abrangendo instalações de sociedades, domicílios, escritórios de advogados e uma instituição bancária. Estas buscas decorrem nas áreas de Lisboa, Torres Vedras e Braga”, adianta.

A investigação está relacionada com suspeitas de burla, abuso de confiança, branqueamento de capitais e falsificação. Serão todos ouvidos pelo juiz Carlos Alexandre.

Estas detenções surgiram da investigação relativa ao processo do Monte Branco que tem mais de uma década. Em causa suspeitas da existência de uma rede de prática de crimes de fraude fiscal e branqueamento de capitais, no valor de centenas de milhões de euros.

“Detenções efetuadas atendendo aos indícios já recolhidos, com vista a acautelar a prova, evitar ausências de arguidos e a prevenir a consumação de atuações suspeitas em curso”. Ou seja: perigo de fuga, perigo de destruição de prova, o que indicia que os arguidos poderão ficar em prisão preventiva. A medida de coação será decidida em 48 horas (até esta sexta-feira) e não passará apenas pelo termo de identidade e residência, segundo adianta a PGR.

“Os detidos serão presentes, previsivelmente no decurso do dia de amanhã, a primeiro interrogatório judicial com vista à aplicação, considerando a gravidade dos crimes e as exigências cautelares, de medidas coação diferentes do termo de identidade e residência”, diz o comunicado.

No processo investigam-se negócios e financiamentos em montante total superior a 100 milhões de euros, “que poderão ter acarretado elevados prejuízos para o Estado e para algumas das sociedades. Em causa estão factos ocorridos, essencialmente, a partir de 2014 e até ao presente e suscetíveis de integrarem a prática, entre outros, de crimes de abuso de confiança, burla qualificada, falsificação, fraude fiscal e branqueamento”, concluiu o comunicado. Pode ler o comunicado na íntegra aqui.

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