“Nova equipa de gestão é muito mais coesa e alinhada”, diz CEO da Galp
Responsável pelas mudanças na gestão de topo, Andy Brown diz: "Agora sim, olho à volta da mesa e tenho absoluta confiança que as pessoas que me rodeiam vão ser capazes de levar a cabo a estratégia".
O CEO da Galp, Andy Brown, assumiu esta segunda-feira total responsabilidade pela recente remodelação na Comissão Executiva da empresa, que na semana passada afastou três administradores da petrolífera da cúpula de poder da petrolífera. Chegado há menos de seis meses, Brown não perdeu tempo a “arrumar a casa” ao seu gosto: apresentou recentemente um novo plano estratégico até 2025 e agora a equipa “de confiança” que o vai executar e levar a bom porto.
“Esta nova equipa de gestão é muito mais coesa e alinhada. A minha prioridade é executar o plano estratégico até 2025 com uma equipa na qual tenho total confiança na sua capacidade de o fazer”, disse o responsável máximo da petrolífera numa call com analistas e investidores para apresentar os resultados do primeiro semestre do ano.
E deixou bem claro: “Agora sim, olho à volta da mesa e tenho absoluta confiança que as pessoas que me rodeiam vão ser capazes de levar a cabo a estratégia. Que tenho uma equipa que vai executar a tarefa. É uma mudança da forma de liderança na Galp. É uma grande mudança para a empresa”.
Na passada sexta-feira, a empresa anunciou que os gestores de topo Sofia Tenreiro, Susana Quintana-Plaza e Carlos Silva renunciaram aos cargos na administração da petrolífera portuguesa. No início de 2021, A Galp viu terminar o ciclo de seis anos em que o ex-CEO Carlos Gomes da Silva esteve aos comandos da empresa.
“Eu estive por detrás das mudanças na liderança da Galp. Estou há quase seis meses no cargo, herdei uma equipa que tinha pontos fortes e pontos fracos. Percebi que tinha de clarificar a estratégia, clarificar a alocação de capital, definir para onde vamos, o que estamos a fazer e escolher as melhores pessoas para pôr em prática o que apresentámos no Capital Markets Day”, admitiu Brown numa call com analistas e investidores para apresentar os resultados do primeiro semestre do ano.
O CEO disse que desde que está à frente da petrolífera avaliou a performance da equipa e de cada indivíduo. “Temos uma agenda complicada, com a transição energética, por isso preciso da melhor equipa para avançar para esse futuro. Tem de haver espírito de equipa, capacidade de trabalhar como uma equipa em todos os negócios, mas também agilidade e capacidade de tomar decisões rapidamente para não perder as oportunidades que surgem”, explicou o CEO.
Com apenas cinco membros, falta ainda escolher o 5º elemento para a Comissão Executiva da Galp: um COO para a área de Renováveis e Novos Negócios. Com esta área a ganhar cada vez mais relevância nas contas e no negócio da petrolífera, o objetivo é que o novo responsável pela pasta tenha um perfil mais internacional, tal como é desejado por Andy Brown.
“Já tenho pessoas na empresa para formar a equipa e não quero perder muito tempo a recrutar a melhor pessoa para o cargo, capaz de construir um negócio de renováveis rentável e de escala mundial”.
Fazem parte da nova comissão executiva da petrolífera, além do CEO Andy Brown, Filipe Silva (CFO e também responsável pela área de Investor relations), Carlos Costa Pinta (COO Corporate Office), Thore E. Kristiansen (COO Production & Operations), que ficará agora também responsável pelos negócios de Upstream e Indústria), e ainda Teresa Abecasis (COO Commercial).
Nesta comissão executiva mais reduzida, Kristiansen será assim uma espécie de “super administrador”, com a tutela de todo o hub energético de Sines, incluindo os projetos de hidrogénio verde já anunciados pela empresa para serem desenvolvidos no local.
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