Volume de negócios nos serviços dispara 30% no segundo trimestre mas continua abaixo dos níveis pré pandemia

O segundo trimestre de 2021 trouxe um crescimento de mais de 30% do volume de negócios nos serviços, índice que se manteve, ainda assim, abaixo dos níveis registados antes da crise sanitária.

O volume de negócios nos serviços disparou, em termos homólogos, mais de 30%, entre abril e junho, período marcado pelo desconfinamento progressivo do país. Ainda assim, e de acordo com os dados do Instituto Nacional de Estatística (INE), este indicador fixou-se 9,7% abaixo do mesmo trimestre de 2019, ou seja, os serviços ainda estão aquém dos níveis pré pandemia.

Segundo a nota divulgada divulgada esta terça-feira, no segundo trimestre de 2021, o índice de volume de negócios nos serviços subiu 30,4%. Nos primeiros três meses do ano — trimestre marcado pelo agravamento da pandemia e das restrições –, esse indicador tinha recuado 12,6%, o que significa que o processo de desconfinamento entretanto iniciado levou a uma recuperação do setor em causa, no segundo trimestre do ano. Ainda assim, o índice relativo ao período compreendido entre abril e junho de 2021 ficou 9,7% abaixo do registado na mesma altura de 2019.

Já no que diz respeito especificamente a junho, há a notar uma variação homóloga nominal de 20,3% do volume de negócios nos serviços. Tal representa uma desaceleração face à variação registada no mês anterior. O índice de junho, explica o INE, foi “inferior em dez pontos percentuais (p.p) à taxa observada” em maio. É importante salientar que esse mês ficou marcado pelo regresso dos turistas britânicos a Portugal, mas o país acabou por ser retirado da “lista verde”, no início de junho, o que agravou a pressão sobre o setor dos serviços e ajuda agora a explicar esta desaceleração do volume de negócios.

De todo o modo, o INE ressalva que a variação acentuada de mais de 20% “continua a refletir efeitos base, dado que a comparação incide em meses muito afetados pela pandemia” e sublinha que, comparado com junho de 2019, verificou-se um recuo de 6,5%.

Por outro lado, a análise por secções deixa perceber que, em junho, foi o comércio por grosso, comércio e reparação de veículos automóveis e motociclos a apresentar o maior contributo para a variação do índice de volume de negócios (11,3 p.p), “originado pela variação homóloga de 18,2%”. O alojamento, restauração e similares foi “a segunda secção mais influente”, tendo crescido 63,5%, no sexto mês de 2021. Já nos transportes e armazenagem há a registar um salto de 29,4%, com os transportes aéreos a dispararem 163%. “Ainda assim, o índice desta divisão é 60,7% inferior a junho de 2019”, é detalhado na nota conhecida esta manhã.

Face ao último mês pré pandemia (fevereiro de 2020), somente o comércio por grosso e reparação de veículos automóveis e motociclos (exceto retalho) e as atividades de informação e de comunicação, técnicas e similares apresentam níveis superiores. As demais secções continuam abaixo dos níveis registados antes da Covid-19.

Quanto ao emprego, remunerações e horas trabalhadas, o INE avança que foram registadas subidas homólogas de 0,1%, 8,4% e 9,8%, respetivamente, em junho de 2021.

(Notícia atualizada às 12h08)

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