Vendas no retalho põem Wall Street no vermelho

As vendas no retalho caíram 1,1% em julho, mais do que a queda de 0,3% prevista pelos economistas. Os mercados reagiram mal, levando Wall Street a perder valor.

Os principais índices norte-americanos estão estão em queda. A descida das bolsas ocorre após os novos máximos alcançados na sessão anterior pelo Dow Jones e o S&P 500: este último atingiu o dobro dos pontos do mínimo registado na pandemia, conseguindo o mais rápido bull market desde pelo menos a Segunda Guerra Mundial.

Esta terça-feira o Dow Jones desce 0,8% para os 35.339,03 pontos, o Nasdaq desvaloriza 1,02% para os 14.643,17 pontos — acumulando duas sessões de quedas — e o S&P 500 cede 0,75% para os 4.446,22 pontos.

A pesar no sentimento dos investidores estão os dados das vendas ao retalho nos Estados Unidos. As vendas caíram significativamente mais do que o esperado em julho — uma queda de 1,1% face aos esperados 0,3% — por causa da falta de automóveis e outros bens, assim como por causa do menor consumo privado devido ao receio da variante Delta.

As cotadas mais penalizadas são as maiores retalhistas norte-americanas. A Home Depot desce 3% — após ter revelado que as suas vendas falharam as estimativas pela primeira vez em sete trimestres — e a Walmart cede cerca de 0,5%, apesar de a maior retalhista do mundo ter aumentado a sua previsão para as vendas em 2021 nos EUA.

As bolsas arrancaram a terceira semana de agosto com o pé esquerdo devido aos dados económicos abaixo do esperado na China e, agora, nos Estados Unidos. A maior cautela levou os investimentos para zonas mais defensivas do mercado como a dívida pública.

“O mercado está perto dos seus recordes”, recorda Thomas Hayes, analista da Great Hill Capital, à Reuters, referindo que é normal haver períodos de “alívio”, mas “não é expectável que haja nenhum tipo de crash ou correções”. “Há demasiada liquidez no sistema e existe a confiança de que a variante Delta vai ser um pico transitório que irá resolver-se por si própria nas próximas semanas”, antecipa o analista.

O foco está agora nas minutas da última reunião da Reserva Federal que vão ser divulgadas esta quarta-feira. Os investidores aguardam por sinais depois de o presidente da Fed de Boston, Eric Rosengren, ter dito que mais um mês de dados fortes no mercado de trabalho pode satisfazer os requisitos do banco central para começar a redução das compras mensais de ativos que iniciou por causa do impacto da pandemia.

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