As cinco lições a retirar da crise da pandemia, segundo António Costa

  • ECO
  • 28 Agosto 2021

António Costa identificou cinco lições da crise da pandemia. No congresso do PS, Costa começou pela pandemia e terminou com um apelo à mobilização do partido nas autárquicas.

António Costa marcou o tom do congresso do PS que decorre durante este fim de semana em Portimão. Logo quando entrou no pavilhão do congresso, rejeitou a ideia de tabu sobre a liderança do partido em 2023 e depois, na primeira intervenção, o secretário geral e primeiro-ministro identificou as cinco lições que o país deve retirar do crise da pandemia. Entre elas, a garantia de que os mercados confiam no governo do PS. “Hoje não podemos andar a fazer contas mesquinhas, mas há uma amanhã e queremos continuar a ter finanças públicas sãs, orçamento equilibrado e uma segurança social mais sólida”, afirmou Costa.

Na intervenção que começou pouco depois das 12h30, António Costa começou por falar da resposta do país e dos portugueses à pandemia. Com muitos agradecimentos e reconhecimentos, como é o caso dos profissionais de saúde. E foi a partir daqui que identificou a necessidade de retirar lições desta crise.

A primeira lição, assegura Costa, é a importância do Estado social. Com referências explícitas às políticas no período da troika e implícitas a Pedro Passos Coelho, o primeiro ministro afirmou que “sem um estado social forte não teríamos um SNS”. E cita números de investimento, orçamentado e não o executado, para provar que o investimento na saúde começou em 2016. Com o apoio da geringonça, recordou Costa.

A segunda lição é a recusa da austeridade, nas palavras de António Costa. O secretário-geral do PS volta a insistir que há uma alternativa à austeridade, e assinala que não houve cortes de apoios ou aumentos de impostos. E sublinha particularmente os apoios ao emprego, como o lay-off simplificado, que permitiu não deixar derrapar o desemprego como sucedeu em 2013, quando chegou aos 18,5%. “Não vamos deixar morrer as empresas“, garantiu. E cita o crescimento económico no segundo trimestre deste ano para mostrar que a economia voltou a convergir… sem referir que Portugal é dos países que apresenta uma recuperação económica mais lenta da recessão de 2020.

É precisamente neste contexto que cita a terceira lição. É preciso “combinar a rutura com a austeridade com as finanças públicas sãs. “Hoje não podemos andar a fazer contas mesquinhas, mas há uma amanhã e queremos continuar a ter finanças públicas sãs, orçamento equilibrado e uma segurança social mais sólida”, afirma Costa. “E é essa confiança que mantém firme a confiança internacional do nosso país. Os famosos mercados confiam no PS e na nossa política”.

A quarta lição, para António Costa, está diretamente relacionada com a resposta coordenada da União Europeia à crise. E recorda o que foi a decisão de aquisição conjunta de vacinas para a covid-19. Costa não perde a oportunidade para dizer que a direita europeia já aprendeu o que a direita portuguesa ainda não aprendeu, e dá o exemplo da bazuca europeia, a emissão de dívida comum para a resposta à crise da pandemia.

A quinta e última lição“, diz Costa, resulta da necessidade de “acelerar a resposta a muitas das vulnerabilidades que a pandemia tornou mais evidente”. Segundo António Costa, “nenhuma delas nos surpreende, mas temos agora de acelerar a execução”, como a proposta para uma agenda para o trabalho digno, apresentada na concertação social.

António Costa concluiu a sua primeira de duas intervenções neste 23º congresso com a referência ao processo de vacinação, para manter a pandemia sob controlo. E a pedir a mobilização do partido paras as eleições autárquicas de 26 de setembro.

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