Enquanto se estuda terceira dose, há vacinas contra a Covid-19 ainda por aprovar

A vacinação contra a Covid-19 já vai avançada em muitos países ricos, tanto que já se estuda a administração de uma terceira dose. No entanto, há ainda vacinas à espera de aprovação. São cinco na UE.

Com a vacinação contra a Covid-19 a atingir níveis elevados em vários países, a necessidade de uma terceira dose deste fármaco está a ser equacionada e até a avançar em alguns países. Há também farmacêuticas, como a Pfizer, que estão a pedir autorização para uma terceira dose. Ainda assim, mesmo nesta fase, ainda existem várias vacinas que ainda não receberam a aprovação das autoridades de saúde. Na Europa, são atualmente cinco as vacinas sob revisão, à espera de aprovação.

Aquela que começou o processo de avaliação na Agência Europeia de Medicamentos (EMA, na sigla em inglês) há mais tempo foi a Novavax, desenvolvida pela empresa de biotecnologia norte-americana do mesmo nome, a 3 de fevereiro. Esta é uma vacina à base de proteína, utilizando assim uma tecnologia diferente da Pfizer e da Moderna, mas que também prevê duas doses.

No início deste mês, a Comissão Europeia fechou mais um acordo de compra antecipada com a empresa, para adquirir 200 milhões de doses da vacina da Novavax. O contrato prevê que “os Estados-membros poderão adquirir até 100 milhões de doses da vacina Novavax, com opção de 100 milhões de doses adicionais ao longo de 2021, 2022 e 2023, uma vez revista e aprovada pela EMA como segura e eficaz”, sinalizou a Comissão Europeia, em comunicado, na altura.

Segue-se a vacina da CureVac, cujo processo arrancou também em fevereiro, desenvolvida por uma empresa biofarmacêutica alemã. Este fármaco usa RNA mensageiro, como a Moderna e a Pfizer, mas obteve resultados abaixo do esperado nos ensaios clínicos divulgados em junho.

Chegou a estar prevista a chegada de vacinas destas duas farmacêuticas a Portugal no segundo trimestre deste ano, mas estas acabaram por não ser aprovadas a tempo. Desta forma, não foram incluídas no planeamento da vacinação contra a Covid-19 da task force .

Já em março deste ano começou a ser avaliada a vacina russa Sputnik V. Esta é desenvolvida pelo Centro Gamaleya de Epidemiologia e Microbiologia da Rússia e estava previsto que a EMA decidisse em maio ou junho se aprovaria o uso do fármaco na UE. No entanto, os responsáveis pelo desenvolvimento desta vacina falharam várias vezes o fornecimento de dados que permitam perceber se esta cumpre ou não as regras.

Em maio, arrancou a avaliação da vacina da chinesa Sinovac. Esta vacina, cuja utilização de emergência já foi aprovada pela Organização Mundial da Saúde, recorre a um vírus inativado e é de duas doses, sendo recomendada a adultos. Deve ser administrada com um intervalo entre duas e quatro semanas.

Finalmente, a última vacina a começar a ser avaliada pela reguladora europeia foi a da Sanofi, apelidada de Vidprevtyn, a 20 de julho. Esta é uma vacina baseada em proteína, tal como a da Novavax.

Além destas, a EMA está também a interagir com outras farmacêuticas que estão a desenvolver potenciais vacinas contra a Covid-19 para permitir a distribuição na UE o mais rápido possível. De recordar que atualmente são quatro as vacinas aprovadas pela EMA e administradas no bloco: a da Pfizer e BioNTech, a da Moderna, a da AstraZeneca e a da Janssen.

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