Governo quer três novos cursos de Medicina até 2023

  • ECO e Lusa
  • 2 Setembro 2021

Ministro quer expandir oferta do ensino superior. Pretende criar três novos cursos de Medicina em Aveiro, Évora e Vila Real.

Em entrevista ao Diário de Notícias, o Ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior explicou os legados que quer deixar para as gerações vindouras, enquanto ministro. Um deles é a expansão e modernização da oferta de cursos de Medicina. Assim, até 2023, quer criar três novas escolas: em Aveiro, Vila Real e Évora.

“Acabou de ser formado o centro académico clínico em Aveiro e agora estão em preparação o futuro centro académico clínico de Évora e o centro académico clínico de Vila Real, ligado à UTAD (Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro). Com estes três novos centros académicos clínicos conseguimos facilitar a capacitação científica para vir a alargar o ensino da Medicina, certamente de uma forma diversificada em relação ao que já se faz em Portugal“, explicou Manuel Heitor.

Outro legado que pretende deixar é a criação de mais e melhor emprego, através da expansão da oferta do ensino superior. “Em 2015, tínhamos oferta de ensino superior em 40 municípios, neste ano tivemos 129 e, no próximo ano letivo, a partir de outubro, será em 134 localidades. Portanto, triplicámos a capacidade de oferta”.

Sindicato avisa que é necessário criar condições antes de abrir mais cursos

A presidente do Sindicato Nacional do Ensino Superior (SNESup) diz que é necessário criar condições para assegurar o ensino de qualidade antes de dar este passo. “Somos, de um modo geral favoráveis, ao alargamento das vagas no ensino superior”, dizMariana Gaio Alves, em declarações à Lusa. Mas “não basta aumentar o número de vagas”.

Concretamente, Mariana Gaio Alves destaca duas preocupações, relacionadas com a qualidade e estabilidade do corpo docente, por um lado, e com a articulação entre a oferta no sistema de ensino e a procura no sistema de saúde.

“Abrir três cursos de medicina significa que temos de ter professores contratados com qualificação própria e uma estabilidade também do corpo docente destes cursos que permitam garantir a qualidade da formação que vai ser ministrada”, explicou. Por outro lado, a presidente do SNESup defende que a criação de nova oferta deve ter por base uma articulação entre o Ensino Superior e a Saúde, para que os novos cursos deem resposta às necessidades do setor, em vez de contribuírem para o excesso de médicos em determinadas especialidades, enquanto se mantém a falta de profissionais noutras.

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