EDP repudia medidas do governo espanhol para o mercado energético

Através da Aelec, onde está com a Iberdrola, Endesa e Viesgo, a EDP disse que cortar as rendas da produção a partir da energia hidroelétrica ou nuclear "é uma medida injusta e desacertada". 

Com o braço-de-ferro em tensão máxima entre o Governo espanhol e as empresas elétricas, por causa do plano de medidas já aprovadas por Madrid que inclui o corte de impostos e tem como objetivo baixar as faturas em 22% até ao final do ano — retirando rendas de 2.600 milhões de euros às energéticas –, a EDP tem já uma posição bem definida.

Através de um comunicado, as empresas da Associação de Empresas de Energia Elétrica (Aelec), da qual faz parte a EDP, a Iberdrola, a Endesa e a Viesgo, “manifestam o seu forte repúdio face às medidas anunciadas no último Conselho de Ministros contra as empresas de eletricidade”.

E mesmo sem conhecer o texto do Real Decreto-Lei, a associação defende que cortar as rendas da produção de eletricidade a partir da energia hidroelétrica ou nuclear “é uma medida injusta e desacertada”.

“O setor elétrico assume um enorme esforço económico, quer através de impostos, que ultrapassam os 3.300 milhões de euros por ano, quer através dos investimentos, com um compromisso que ultrapassa os 4.500 milhões de euros este ano. Tudo essencial para que o país tenha um abastecimento de qualidade mesmo nos cenários mais adversos”, disse a Aelec em comunicado.

A associação pede ao Governo espanhol “soluções verdadeiramente eficazes que protejam os consumidores com tarifas reguladas da volatilidade diária dos preços (um terço do total), e que não penalizem injustamente um setor que está absolutamente empenhado na eletrificação e descarbonização da sociedade”.

Contactada pelo ECO/Capital Verde, fonte oficial da EDP não quis fazer comentários sobre as medidas anunciadas em Espanha. Da mesma forma, a empresa também não quis responder sobre como será impactada no país vizinho pelas mais recentes decisões governamentais e quais os prejuízos previstos até março de 2022, prazo determinado por Madrid para durar a medida.

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