BRANDS' TRABALHO Ser ou não ser versátil, eis a questão

  • PESSOAS + EY
  • 20 Setembro 2021

Quando estamos todos a viver tempos desafiantes, “cultivar a versatilidade prepara-nos para o inesperado”, reflete Sandy Antunes Manager EY, People Advisory Services.

O contexto e a velocidade com que as mudanças ocorrem nos dias de hoje, fazem com que as competências valorizadas pelas organizações estejam em mutação.

Assistimos a uma dinâmica do mercado de trabalho que está a sofrer alterações profundas, especialmente ao nível dos modelos e formas de trabalhar, o que exige repensar as competências necessárias para o futuro.

Se por um lado temos a globalização e a “network society”, que vêm alterar a forma como negócios e pessoas se relacionam e interagem, por outro lado, temos a tecnologia e a automação que vêm criar disrupção no mundo de forma generalizada. Enfrentando esta realidade, cada vez mais complexa e ambígua, impõe-se uma reflexão sobre a forma como todos os profissionais podem estar mais bem equipados para superar com sucesso os desafios do futuro.

A grande questão está em antecipar quais as competências que serão críticas e, numa perspetiva de gestão de pessoas, identificar o gap de competências tanto hard como soft, entre o que existe e o que antecipamos como necessário para responder aos desafios que temos pela frente.

Motivada por um livro que li recentemente sobre a versatilidade e também por questões inerentes à minha missão como consultora na área de Recursos Humanos, tenho feito leituras e tenho identificado tendências que ajudam na resposta a esta questão e, por isso, não estabeleço uma distinção entre estas duas tipologias de competências.

Com insights muito oportunos e relevantes, o livro Versátil marcou-me especialmente a forma como o autor apresenta as vantagens de ser generalista num mundo de especialistas, e desde logo, pela capa onde é possível ver um canivete suíço – um utensílio que, embora muitos possam não ter um ou mesmo nunca ter usado, é sabido que pode ser um salva-vidas.

"[Versátil] Um livro que reforça a ideia de que acumular diferentes experiências e focarmo-nos nos mais diversos temas e interesses, nos torna mais flexíveis e criativos – equipamentos essenciais para um mundo em permanente disrupção.”

Sandy Antunes

Manager EY, People Advisory Services

Um canivete suíço como representação do que é ser versátil, por permitir servir de garfo, colher, pinça ou tesoura. Este livro e esta imagem do canivete tiveram em mim bastante ressonância e alertaram-me para o que precisamos no mundo de hoje: versatilidade. São inúmeras as vantagens de podermos olhar sob este ângulo para as nossas competências de forma geral. Tal como o canivete suíço, equipados com uma multiplicidade de competências que podem ser necessárias no momento mais tranquilo, mas também pode ser a salvação num momento de aflição.

É com esta metáfora do canivete, a par de um estudo aprofundado sobre o percurso de atletas de alta competição, músicos, inventores e cientistas, e tantas outras referências que David Epstein apresenta a sua perspetiva, referindo que há mais generalistas no topo das profissões do que especialistas, sobretudo em áreas de grande complexidade e imprevisibilidade. Um livro que reforça a ideia de que acumular diferentes experiências e focarmo-nos nos mais diversos temas e interesses, nos torna mais flexíveis e criativos – equipamentos essenciais para um mundo em permanente disrupção.

"Ser versátil é, claramente, uma vantagem competitiva. Passa por apostar em diferentes experiências, assumir uma forma construtiva de encarar o erro, transformando-o em aprendizagem para o futuro, e por investir em usar diferentes ferramentas. ”

Sandy Antunes

Manager EY, People Advisory Services

Quando estamos todos a viver tempos desafiantes nas nossas organizações, em que o contexto de mudança nos impõe, tantas vezes, uma estratégia de “navegação à vista” e com níveis de imprevisibilidade nunca antes vistos, esta reflexão sobre as competências de futuro deve estar alicerçada na perspetiva de que “cultivar a versatilidade nos prepara para o inesperado”, um argumento de força para apostarmos em formas de desenvolver as nossas competências de forma transversal.

Ser versátil é, claramente, uma vantagem competitiva. Passa por apostar em diferentes experiências, assumir uma forma construtiva de encarar o erro, transformando-o em aprendizagem para o futuro, e por investir em usar diferentes ferramentas. Estes aspetos potenciam em muito a nossa versatilidade e podem ser facilitadores para lidar com este mundo ambíguo. As vantagens da versatilidade são bem evidentes, pois permitem desenvolver um pensamento interdisciplinar e estimular um mindset de aprendizagem contínua, potenciador de um mundo em que as pessoas pensem e colaborem mais e melhor.

E na sua organização, o que já estão a fazer para promover a versatilidade?

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