Portugueses têm mais carros do que a média da UE
"Taxa de motorização" de Portugal em 2019 era ligeiramente superior à média europeia. Existiam 530 automóveis de passageiros por cada 1.000 portugueses nesse ano, segundo o Eurostat.
Existiam 530 carros por cada 1.000 portugueses em 2019, uma subida de 16 face a 2018, mantendo-se a tendência de crescimento que se verifica desde 2012. A “taxa de motorização” nacional fica ligeiramente acima da média da União Europeia (UE), de cerca de 520 carros por 1.000 habitantes, revelou esta quarta-feira o Eurostat.
De acordo com os dados do gabinete de estatísticas da UE, a maior taxa entre os Estados-membros é a do Luxemburgo, onde, no mesmo ano, existiam 681 automóveis de passageiros por cada 1.000 habitantes. Este número é influenciado pelos “trabalhadores transfronteiriços” que “utilizam carros de empresas registados no país”.
Segue-se a de Itália, onde existiam 663 carros por cada 1.000 habitantes, Chipre (645 carros) e Finlândia e Polónia (ambos com 642 carros).
Pelo contrário, as taxas mais baixas verificaram-se na Roménia (357 carros por 1.000 habitantes), Letónia (381 carros) e Hungria (390 carros). Os dados do Eurostat não incluem a Áustria, país para o qual não existe informação disponível.
Onde há mais e menos carros na UE?
Alemanha é o país com mais automóveis
É na Alemanha que estava registado o maior número de automóveis de passageiros em todo o bloco comunitário. Os alemães tinham quase 48 milhões de carros nesse ano. Em segundo lugar surge Itália, com 40 milhões de veículos, e depois França, com 32 milhões.
“Entre 2015 e 2019, o maior aumento do número de automóveis de passageiros registados verificou-se na Roménia (mais 34%), seguida da Lituânia (mais 20%), Hungria (mais 19%), Eslováquia e Polónia (ambos mais 18%)”, aponta ainda o Eurostat.
O único Estado-membro da UE que registou um declínio no número de automóveis de passageiros registados durante este período foi a Bulgária, com menos 11%.
Carros são mais velhos na Polónia
Vários países do bloco apresentavam em 2019 uma grande percentagem de automóveis de passageiros “antigos” — isto é, com 20 ou mais anos. As percentagens mais altas foram registadas na Polónia (37,9%), Estónia (31,5%), Finlândia (26,9%) e Lituânia (22,6%).
Pelo contrário, Irlanda (28,8%), Luxemburgo (23,7%), Bélgica (22,9%) e Dinamarca (22,6%) tinham as percentagens mais elevadas de automóveis novos (isto é, com menos de dois anos).
Portugal tinha, em 2019, 1.061.418 automóveis de passageiros considerados “antigos”, número que baixa para 455.739 no que toca ao número de automóveis com menos de dois anos, ou seja, considerados novos.
Sobre esta matéria, o Eurostat nota que, nos últimos anos, “vários países têm vindo a oferecer programas de apoio à compra de automóveis novos com baixas emissões, ao mesmo tempo que abatem o carro antigo dos proprietários”.
Por norma, o objetivo destes programas é a renovação da frota de automóveis de passageiros com baixas emissões, de forma a estimular a economia e a reduzir a pegada carbónica. Esses programas existem em quase metade dos Estados-membros.
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