Governo espanhol vai cobrar mais 1,1 mil milhões na fatura da eletricidade, apesar do corte de impostos
Sánchez anunciou medidas para fazer frente ao aumento do preço da luz, que incluíam uma redução de impostos. Mas sabe-se agora que vão ser cobrados mais 1,1 mil milhões na fatura da eletricidade.
A 14 de setembro, o primeiro-ministro espanhol, Pedro Sánchez, anunciava a aprovação, pelo seu Executivo, de um conjunto de medidas para fazer frente à escalada do preço da eletricidade para os consumidores, o que incluía uma redução dos impostos. Porém, o Cinco Días revela esta quinta-feira que este esforço fiscal não vai resultar, uma vez que, segundo as previsões, o Estado vai cobrar mais 1,1 mil milhões de euros em impostos este ano, apesar das medidas anunciadas.
Estes 1,1 mil milhões de euros a mais em impostos a pagar ainda em 2021 superam os cerca de 10,4 mil milhões que eram cobrados anualmente nos dois anos anteriores à pandemia. O próprio aumento dos preços da eletricidade traduz-se num aumento sem precedentes na cobrança de impostos que incidem diretamente sobre a fatura da luz, o IVA e o imposto especial sobre a eletricidade, e outros seis que o fazem indiretamente: o imposto hidráulico, o imposto sobre o carvão, o imposto sobre os resíduos nucleares, o imposto sobre a ocupação das vias públicas (TOVP) e as receitas dos leilões de direitos de emissão de CO2 (dióxido de carbono).
Os cofres do Estado espanhol beneficiam, assim, do aumento significativo destes direitos, que, a par com o preço do gás, são os fatores que estão a empurrar os preços da eletricidade para um pico ainda desconhecido.
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