Ocupação Covid em cuidados intensivos está a menos de um terço do limite crítico

A taxa de ocupação de camas em Unidades de Cuidados Intensivos mantém uma tendência "decrescente" e recuou 27% face à semana anterior, revela ainda o relatório semanal divulgado pela DGS e pelo INSA.

A taxa de ocupação de camas em Unidades de Cuidados Intensivos (UCI) está em 29% do limite definido como “crítico”, face ao 40% registados na semana passada, segundo o relatório semanal de monitorização das “Linhas Vermelhas” da Covid divulgado esta sexta-feira pela DGS e INSA.

A 22 de setembro, estavam 75 doentes internados em UCI, um número que corresponde a 29% do limiar definido como crítico de 255 camas ocupadas, refere o documento. “Nas últimas semanas, este indicador tem vindo a assumir uma tendência decrescente (-27% em relação à semana anterior)”, sublinha o documento. O Norte ultrapassou o Centro e é agora a região do país com uma maior percentagem de doentes nestas unidades, com 27 doentes internados em UCI, o equivalente a 36% do nível de alerta definido para aquela região.

O grupo etário com maior número de casos de Covid-19 internados em UCI continua a ser a faixa etária dos 60 aos 79 anos (35 casos para o período analisado).

Nos últimos sete dias, verificou-se ainda um decréscimo no número de testes realizados, ainda que a taxa de positividade continue a recuar, o que revela uma “tendência decrescente” da doença.A proporção de testes positivos observada na última semana (16 a 22 de setembro) foi de 1,6% (na semana passada era de 1,9%), um valor que se encontra abaixo do limiar de 4% recomendado pelo ECDC. No período analisado foram realizados 341.685 testes, ou seja menos cerca de 43 mil face aos 384.817 realizados na semana anterior.

O documento revela ainda um aumento na proporção de casos confirmados notificados com atrasos, que foi de 8,1% (contra os 5,5% registados na semana anterior), mantendo-se, no entanto, claramente abaixo do limiar de 10%, “apesar de revelar uma tendência crescente nas últimas semanas”.

Além disso, a DGS nota ainda que nos últimos sete dias, 91% dos casos notificados foram isolados em menos de 24 horas após a notificação e 84% de todos os casos notificados tiveram todos os seus contactos rastreados e isolados no mesmo período.

No que toca aos indicadores que “guiam” a matriz de risco delineada pelo Governo, Portugal apresenta uma incidência cumulativa a 14 dias de 125 casos por 100 mil habitantes, o que continua a refletir uma “tendência decrescente” da doença. Neste contexto, registou-se uma diminuição deste indicador em todas as regiões do país, sendo que atualmente todas continuam abaixo do limiar de 480 casos por 100 mil habitantes. A região do Algarve mantém o valor de incidência mais elevado, com 272 casos por 100 mil habitantes.

Quanto ao índice de transmissibilidade (rt) continua abaixo de 1 a nível nacional e em todas as regiões do país, o que indica uma “tendência decrescente da incidência de infeção por SARS-CoV-2”. Verificou-se ainda uma diminuição deste indicador em quase todas regiões do país, à exceção do Norte (que passou de 0,78 para 0,82) o que reflete ainda uma diminuição da velocidade de transmissão do vírus.

(Notícia atualizada pela última vez às 17h22)

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