“CP fez tudo o que estava ao seu alcance” para proteger trabalhadores da limpeza – Nuno Freitas

  • Lusa
  • 29 Setembro 2021

“A CP fez tudo o que estava ao seu alcance para defender os trabalhadores" da Ambiente e Jardim, garante o presidente demissionário do Conselho de Administração da CP.

O presidente demissionário do Conselho de Administração (CA) da CP garantiu, esta quarta-feira, que a empresa “fez tudo o que estava ao seu alcance” para proteger os trabalhadores da Ambiente e Jardim, que ainda aguardam pagamento dos salários de julho.

“A CP fez tudo o que estava ao seu alcance para defender os trabalhadores [da Ambiente e Jardim]. […] Evidentemente que para nós era importantíssimo que tudo fosse normalizado sem que os trabalhadores – que são o elo mas fraco – pudessem ser prejudicados”, afirmou Nuno Freitas, ouvido esta manhã na comissão parlamentar de Economia, Inovação, Obras Públicas e Habitação, acerca dos salários em atraso dos trabalhadores que asseguram a limpeza dos comboios e das estações ferroviárias, a requerimento do Partido Comunista Português (PCP).

Os trabalhadores da Ambiente e Jardim, que limpam os comboios e as estações, iniciaram, no dia 01 de setembro, uma greve contra a falta de pagamento dos salários de julho e agosto por parte da empresa de limpeza industrial e, segundo o STAD, a adesão foi quase total a nível nacional, mas não causou qualquer perturbação na circulação ferroviária.

A CP rescindiu o contrato de limpeza de comboios e instalações com a Ambiente e Jardim e lançou de imediato uma consulta para a contratação urgente de outra empresa de prestação de serviços de limpeza, o que pôs fim à greve. De acordo com Nuno Freitas, o problema está agora circunscrito aos salários de julho, sendo que os de agosto já foram pagos.

Foi ainda feito um adiantamento dos salários de setembro, “para os casos de maior necessidade”, mas o PCP disse ter recebido denúncias de estarem a ser excluídos os trabalhadores que aderiram à greve. “O assunto está a evoluir positivamente, os salários de junho foram pagos, os de julho aguardam decisão do Tribunal da Relação [de Lisboa], na sequência do recurso do Ministério Público. O dinheiro para pagar existe, está à guarda do tribunal. A CP tem informações da Ambiente e Jardim de que, logo que seja levantado o arresto e que haja uma decisão do tribunal, paga os salários de julho”, adiantou o presidente da CP.

Questionado sobre a hipótese de integração dos trabalhadores da limpeza dos comboios nos quadros da CP, Nuno Freitas disse não ser um assunto que possa ser discutido “de forma leviana”, uma vez que conhece casos de sucesso de empresas subcontratadas, bem como de serviços integrados na empresa. “Quando este Conselho de Administração aqui chegou, esse não era um problema, tínhamos outros problemas. Confesso que nem refleti sobre esse problema, estava a funcionar bem, continuámos a funcionar como estava”, admitiu.

“Este Conselho de Administração integrou a EMEF [Empresa de Manutenção de Equipamento Ferroviário] na CP. Aqui entramos numa situação em que nós temos que perceber quais são as urgências, e acho que todos concordamos que a CP dominar toda a sua área de manutenção é absolutamente fundamental”, acrescentou.

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