Wall Street fecha com ganhos à boleia do otimismo económico
As bolsas norte-americanas encerraram a semana com ganhos, com os investidores mais otimistas relativamente à recuperação económica. Merck dispara 8,37%, após apresentar medicamento contra a Covid-19.
Os principais índices norte-americanos encerram a primeira sessão do mês de outubro com ganhos ligeiros, numa altura em que os investidores estão a apostar em títulos economicamente mais sensíveis.
O índice de referência S&P 500 somou 1,1% para 4.355,22 pontos, enquanto o industrial Dow Jones valorizou 1,38% para 34.311,15 pontos. Ao mesmo tempo, o tecnológico Nasdaq avançou 0,82% para 14.567,49 pontos.
Apesar dos ganhos no fecho da sessão, em termos acumulados Wall Street encerrou a semana no “vermelho”. O S&P 500 caiu 2,21%, o Dow Jones cedeu 1,35% e o Nasdaq desvalorizou 3,2%, a maior queda percentual desde fevereiro.
“Não houve grandes notícias de Washington, então os mercados foram forçados a concentrarem-se nos dados económicos positivos e no novo medicamento contra a Covid”, apontou David Carter, diretor de investimentos da Lenox Wealth Advisors, à Reuters.
Assim, entre as cotadas em destaque nesta sessão esteve a Merck & Co, depois de ter sido revelado que o seu comprimido experimental contra a Covid-19, o molnupiravir, reduz em cerca de 50% a probabilidade de hospitalização ou morte dos doentes com risco de sintomas severos. Neste contexto, os títulos da empresa avançaram 8,37% para 81,40 dólares.
Esta notícia representa “mais um motivo para estar otimista”, assinala ainda Peter Cardillo, economista-chefe da Spartan Capital Securities, em Nova Iorque. “Isso diminui a ameaça do vírus e, obviamente, significa que mais pessoas vão voltar ao trabalho, estimulando o consumo”, apontou em declarações também à Reuters.
Não obstante, os dados da inflação evitaram ganhos mais expressivos em Wall Street. Em agosto, o índice de preços ao consumidor subiu 0,3%, ou seja, o mesmo valor que tinha crescido no mês anterior, o que revela uma trajetória ascendente. No acumulado dos 12 meses até agosto, a inflação disparou 3,6%, igualando o registo de julho.
Além disso, os dados divulgados pelo departamento do Comércio norte-americano, esta sexta-feira, apontam para um aumento de 0,8% nos gastos dos consumidores em agosto, apesar da queda nas vendas de veículos motorizados na sequência da escassez global de semicondutores, que está prejudicar a produção de automóveis um pouco por todo o mundo. Estes dados superaram as expectativas dos analistas.
Estes dois indicadores aliados ao facto de a atividade nas fábricas ter acelerado podem levar a Fed a acelerar a retirada de estímulos à economia.
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