Consórcio internacional de Jornalistas revela os Pandora Papers. E há três portugueses na lista

  • ECO e Lusa
  • 3 Outubro 2021

O consórcio internacional de jornalistas revela os Pandora Papers, com milhões de ficheiros sobre offshores controlados por líderes políticos. E há três portugueses na lista, revela o Expresso.

Depois dos Panama Papers, o Consórcio Internacional de Jornalistas de Investigação (ICIJ) revela os Pandora Papers. O consórcio revela um cojunto de 11,9 milhões de ficheiros confidenciais sobre offshore ligadas a 35 atuais e antigos líderes políticos, com Presidentes e primeiro-ministros, e funcionários públicos em mais de 90 países. A lista é longa e, segundo revela o Expresso, jornal que integra o consórcio internacional, também tem três portugueses: O vice-presidente do PSD, Nuno Morais Sarmento, o socialista Vitalino Canas e o ex-ministro Manuel Pinho.

O Consórcio Internacional de Jornalistas de Investigação publicou um novo trabalho no qual revela que 14 líderes mundiais no ativo esconderam fortunas de milhares de milhões de dólares para não pagarem impostos. A este número juntam-se ainda 21 líderes que já não estão no poder e que também ocultaram propriedades e rendimentos.

A nova investigação do consórcio (ICIJ, na sigla em inglês) põe a descoberto os segredos financeiros daqueles 35 líderes mundiais (atuais e antigos) e de mais de 330 políticos e funcionários públicos, de 91 países e territórios, entre os quais Portugal.

Assim, segundo o jornal Expresso, que faz parte do consórcio, há três portugueses envolvidos: os antigos ministros Nuno Morais Sarmento e Manuel Pinho e o advogado e antigo deputado socialista Vitalino Canas.

Entre os nomes referidos na investigação, estão o rei Abdallah II da Jordânia, o primeiro-ministro da República Checa, Andrej Babis, e o Presidente do Equador, Guillermo Lasso, revela a investigação, publicada em órgãos de informação como The Washington Post, BBC e The Guardian.

A investigação revela ainda novos detalhes sobre importantes doadores estrangeiros do Partido Conservador do primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, e detalha atividades financeiras questionáveis do “ministro oficioso de propaganda” do Presidente russo, Vladimir Putin.

O círculo próximo do primeiro-ministro do Paquistão, Imran Khan, é denunciado por ter escondido milhões de dólares em empresas e entidades externas.

Também o Presidente queniano, Uhuru Kenyatta, e seis membros da sua família são denunciados por deterem, em segredo, pelo menos 11 empresas no estrangeiro, uma das quais avaliada em 30 milhões de dólares.

O ICIJ diz ter baseado a sua investigação numa “fuga sem precedentes”, envolvendo cerca de dois milhões de documentos, trabalhados por 600 jornalistas, a “maior parceria da história do jornalismo”.

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