Renováveis já abastecem 61% do consumo de eletricidade em Portugal
De acordo com os dados da REN, nos primeiros nove meses do ano dominou a energia hidroelétricas (28%), eólica (24%), biomassa (7%) e fotovoltaica (3,7%). 31% do consumo veio de fontes poluentes.
De toda a eletricidade consumida em Portugal entre janeiro e setembro de 2021, 61% foi proveniente de produção com origem em fontes renováveis, revelou esta segunda-feira a REN. Dentro das energias “limpas”, predominaram nos primeiros nove meses do ano as fontes hidroelétricas (28%), seguidas da eólica com 24%, da biomassa com 7% e da fotovoltaica com 3,7%.
Já a produção de energia elétrica com origem em fontes fósseis abasteceu 31% do consumo, repartida por gás natural com 29% e carvão com 2%, enquanto os restantes 8% corresponderam a energia importada.
Nos primeiros nove meses do ano, o índice de produtibilidade hidroelétrica registou 1,13 (média histórica igual 1) e o de produtibilidade eólica 0,98 (média histórica igual 1), mostram os dados da REN
Olhando em particular para o mês de setembro, o consumo de energia elétrica ficou praticamente em linha com o verificado no mesmo mês do ano anterior, registando uma variação homóloga negativa em 0,3%, ou positiva em 0,7% considerando a correção dos efeitos de temperatura e número de dias úteis.
No final do 3º trimestre do ano, o consumo acumulou uma variação, face ao mesmo período do ano anterior, de 1,8%, ou 2,4% com correção de temperatura e dias úteis. Relativamente a 2019, registou-se uma quebra de 1,7%.
No mês que terminou, as condições para a produção hidroelétrica ficaram próximas do regime médio com o índice respetivo a registar 1,01 (média histórica igual 1), enquanto na produção eólica se registou um índice de produtibilidade de 1,12 (média histórica igual 1).
Consumo de gás natural recua 3,5% até setembro face ao ano anterior
Já no mercado de gás natural, em setembro, manteve-se a tendência de quebra registada nos últimos meses, com uma contração homóloga de 12%, resultado de quebras de 17% no mercado de produção de energia elétrica e de 7 % no segmento convencional, que abrange os restantes consumos.
A quebra no segmento convencional deveu-se à redução de consumo nos grandes clientes industriais.
No período de janeiro a setembro, o consumo de gás natural registou, face ao período homólogo do ano anterior, uma contração de 3,5%, com o crescimento de 4,2% no segmento convencional a não ser suficiente para compensar a quebra de 16% no segmento de produção de energia elétrica.
Relativamente ao mesmo período de 2019, registou-se um recuo de 5%.
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