Pequeno, redondo e elétrico. É o novo 500e

Foi a primeira investida da Fiat no mundo dos elétricos. E que investida! O 500e não abandona as raízes, mas grita tecnologia ao olhar para ele.

Entre os revivalismos, o 500 é sem dúvida aquele que maior sucesso granjeou. De tal forma que mais de uma década depois, continua a chamar a atenção de muitos. É praticamente o mesmo que chegou ao mercado em 2008, ainda que com algumas atualizações pelo meio, mas não deixa ainda hoje de ser desejado. O desafio da Fiat era fazer melhor, mas, afinal, foi fácil fazer uma obra-prima. E elétrica.

É sempre subjetivo avaliar a estética de um automóvel. Raramente se faz uma classificação entre o que é bonito e feio, mas no caso do 500 é quase unânime a avaliação de que a Fiat soube fazer jus ao mítico modelo dos anos 50/60 com a versão lançada há mais de uma década. As vendas provam-no. E, agora, o 500e rebentou com a escala.

É impossível alguém dizer: “Ai, que horror!” quando um 500e passa. Se fosse, não teríamos sobre nós tantos olhares indiscretos (e outros que nem por isso…) nas voltas e voltinhas que demos. É pequenino (ainda que esteja maior que o seu antecessor) e redondinho (mesmo com as cavas das rodas mais proeminentes).

É uma “bolinha”, sendo que para conseguir esse look utilizou alguns truques estilísticos que trazem a nova geração para um estilo mais high tech, mas também mais high end. As óticas bipartidas entre o capot e o para-choques, à frente, ou os puxadores das portas dissimulados, são algumas das particularidades de um modelo que promete fazer furor, especialmente nesta versão ideal para o verão, a descapotável.

Um novo mundo lá dentro

O 500e não abandona as raízes, mas grita tecnologia ao olhar para ele. E ainda mais lá dentro, onde não sobrou grande coisa do modelo que muitos conhecem. Apesar de se manter aquele aconchego do 500 lançado há mais de uma década, tem mais espaço, mais conforto, e é muito mais agradável à vista. Percebe-se que o cuidado com o estilo exterior foi tido também no interior.

O tablier, de materiais cuidados nesta versão especial, a “La Prima”, parece flutuar diante dos olhos dos passageiros, sendo este cortado pelo sistema de ventilação que surge bem disfarçado. Todo o destaque vai para o novo ecrã de infoentretenimento de 10,25 polegadas, que pode ser totalmente personalizado. E pode ser “alimentado” através de uma “boca” onde cabe o maior dos smartphones da atualidade. Há Apple Carplay e Android Auto sem fios.

Também atrás do volante temos um ecrã que nos mostra todos os parâmetros da condução, sendo este particularmente importante para monitorizar, além da velocidade, a capacidade da bateria. Tudo se acende ao toque do Start, mas para arrancar é preciso selecionar o Drive. Não há manete. Só uma pequena fila de botões com todas as posições de caixa que vai precisar.

Modo Sherpa para ir mais além

O 500e tem genica. Os 118 cv podem parecer poucos para o que habitualmente se vê em veículos elétricos, mas são mais do que suficientes para sentir as costas a fazerem mais pressão no banco. Há um pequeno disparo, que é fantástico na cidade, mas não convém abusar muito porque esses arranques custam caro à autonomia da bateria de 42 kWh.

Não é daqueles elétricos que faziam 80/90 km. Isso, não. Tem, segundo a Fiat, bateria suficiente para fazer 320 km, sendo que em modo citadino podem percorrer-se até 460 km. No mundo “real”, estes valores reduzem-se substancialmente, mas não deixa de ser impressionante quantas voltas se pode dar com apenas uma carga.

No modo “Normal”, a bateria desaparece mais rapidamente, mas temos todo o 500e ao dispor (embora com velocidade limitada a 150 km/h). No “Range”, há bateria que se gasta, mas também muita energia que é reposta através das desacelerações (o que quase dispensa o uso do pedal do travão), mas é no “Sherpa” que se consegue espremer toda a capacidade elétrica do pequeno citadino para rolar durante mais e mais quilómetros. O contra é, contudo, que isso tem um custo em termo de velocidade (não passa dos 80 km/h) e de conforto (desliga-se o ar condicionado).

Uma vez sem bateria, o carregamento tanto pode demorar 35 minutos (em carga rápida com corrente direta) como mais de 15 horas em corrente alternada de 3kW (com uma wallbox). Com apenas cinco minutos num posto de carga rápida poderá voltar à estrada para fazer mais 50 km.

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