BCE mantém juros e ritmo de estímulos à economia

Juros inalterados e compras de dívida a um "ritmo moderadamente inferior" aos últimos meses: reunião do BCE não traz novidades e adia decisões sobre a retirada dos estímulos para dezembro.

O conselho de governadores do Banco Central Europeu (BCE) deixou as taxas de juros de referência na Zona Euro inalteradas e manteve o ritmo de estímulos económicos para responder à pandemia, adiando as decisões importantes sobre o fim das compras de emergência para a reunião de dezembro.

O BCE vai continuar a comprar obrigações a “um ritmo moderadamente menor” ao abrigo do programa de compra de ativos devido a emergência pandémica (PEPP) do que nos últimos seis meses, com o objetivo de manter os apoios à economia após o impacto mais severo da pandemia. O envelope prevê aquisições até 1,85 biliões de euros, mas é expectável que o BCE anuncie a retirada do programa na última reunião do ano.

O banco central também manteve a sua orientação de manter os juros “nos níveis atuais ou em níveis inferiores até observar que a inflação atinge 2%”, uma abordagem que os investidores estão a desafiar, tendo em conta a subida dos preços nos tempos mais recentes. A divergência é sobretudo esta: enquanto o BCE mantém o discurso de que a alta da inflação é “temporária” devido a fatores que desaparecerão no futuro, outros agentes económicos consideram que se está perante uma subida dos preços mais “persistente”.

Ainda assim, a taxa de inflação deverá atingir os 4% este ano e deverá aliviar nos próximos anos, segundo as projeções do BCE.

A taxa de juro aplicável às operações principais de refinanciamento e as taxas de juro aplicáveis à facilidade permanente de cedência de liquidez e à facilidade permanente de depósito permanecerão inalteradas em 0,00%, 0,25% e −0,50%, respetivamente.

Lagarde fala aos jornalistas às 13h30 e onde explicará as decisões do banco central.

(Notícia atualizada às 13h14)

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