TAP tem de “investir muito mais na experiência digital”, diz CEO
Christine Ourmières-Widener diz que a digitalização e a sustentabilidade são os principais desafios do setor da aviação. "Temos de dar o próximo passo".
O setor da aviação tem estado a recuperar do impacto da pandemia, mas ainda há muitos desafios pela frente. À medida que as pessoas retomam as viagens, as companhias aéreas precisam de evoluir, sobretudo no que toca à digitalização e à sustentabilidade. Quem o diz é Christine Ourmières-Widener, CEO da TAP, destacando ainda que o setor “tem de dar o próximo passo” e que a companhia aérea nacional já tem vários projetos em cima da mesa.
“Estamos a enfrentar desafios significativos. Esta não é uma crise para a qual estávamos preparados, mas estamos a aprender muito”, começou por dizer a responsável pela TAP, esta terça-feira, num painel inserido na Web Summit.
Christine Ourmières-Widener notou que a empresa tem assistido a um “enorme aumento” das vendas online, mas reconheceu que a companhia “tem de fazer melhor”. “Temos de investir muito mais na experiência digital, temos de dar o próximo passo”, acrescentou.
O CEO da International SOS, uma empresa de serviços de saúde e segurança, também confirmou esta ideia, defendendo que é preciso mais inovação e que isso pode ser conseguido através de tours e conferências virtuais.
“Por enquanto, as coisas ainda não mudaram muito, mas a digitalização vai acelerar, desde as reservas, check-in, informações de voos, etc.”, disse Arnaud Vaissié, também presente na mesma conferência.
Outro dos desafios que o setor enfrenta é o da sustentabilidade, apontou a CEO da TAP. “Para todos os players, a sustentabilidade das companhias aéreas tem enfrentado pequenas dificuldades”, disse, acrescentando que um dos objetivos nesse campo é alcançar as zero emissões de gases com efeitos de estufa. “Daqui a cinco anos, penso que todas as companhias terão um compromisso sério em alcançar estes objetivos”, disse.
Christine Ourmières-Widener adiantou que em cima da mesa estão vários projetos que irão permitir alcançar esses objetivos, mas que “a tecnologia é a chave para permitir mais experiências” para os passageiros.
Sobre uma recuperação total do setor, a CEO da TAP aponta para daqui a dois ou três anos e diz estar “muito otimista”, tendo em conta a evolução do número de passageiros e das viagens que estes fazem. “Temos trabalhado muito arduamente”, concluiu.
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