Previsões do BdP mostram que eleições antecipadas não põem em causa confiança na economia, diz Leão
A "situação política de eleições antecipadas não colocou nem coloca em causa a confiança" na economia portuguesa, diz o ministro das Finanças.
O ministro das Finanças, João Leão, considerou que as previsões macroeconómicas do Banco de Portugal (BdP), mais otimistas que as do Governo para 2022, confirmam que a atual situação política não coloca em causa a confiança das instituições.
“Estas previsões, tal como tenho referido, confirmam que a atual situação política de eleições antecipadas não colocou nem coloca em causa a confiança das diversas instituições no desempenho da economia portuguesa”, disse João Leão em resposta a um pedido de reação da Lusa às projeções do BdP, divulgadas esta sexta-feira.
Na conferência de imprensa de apresentação do Boletim Económico de dezembro, que se realizou esta sexta-feira no Museu do Dinheiro, em Lisboa, o governador do BdP, Mário Centeno, disse que “não há nenhum risco político identificado” nas previsões. O BdP previu um crescimento de 5,8% da economia em 2022, igualando as previsões mais otimistas, mantendo ainda a previsão de 4,8% para este ano.
As previsões agora divulgadas pelo BdP para 2022 igualam as mais otimistas da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE), que também aponta para um crescimento económico de 5,8%, e superam as do Governo, que espera 5,5%.
“Mais uma vez verifica-se que as estimativas mais recentes, tanto nacionais como internacionais, superam as previsões oficiais do Governo”, salientou o ministro de Estado e das Finanças à Lusa, apontando também que o BdP “prevê um crescimento perto de 17% até 2024”.
Para João Leão, “o país tem feito um caminho sólido e sustentado e assim continuará a ser”. E os dados do BdP “apenas vêm reforçar a nossa confiança no futuro”, acrescentou.
“Apesar de alguma incerteza associada à evolução da pandemia, estamos certos de que se trata de riscos transitórios, que não impedirão a recuperação plena da economia portuguesa”, referiu o ministro à Lusa.
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