Portugal vai ensinar alunos de turismo na Arábia Saudita para atrair recursos humanos
Turismo de Portugal vai assinar um protocolo com uma escola da Arábia Saudita, para intercâmbio de conteúdos formativos e para atrair recursos humanos.
O Turismo de Portugal assina esta terça-feira um protocolo com uma escola da Arábia Saudita, para intercâmbio de conteúdos formativos, sendo o próximo passo atrair recursos humanos para trabalhar em Portugal, disse o presidente da autoridade turística, Luís Araújo, à Lusa.
A formalização do acordo entre o Turismo de Portugal (TP) e a Zdak Culinary Academy, uma reconhecida escola da Arábia Saudita, tem lugar esta tarde, na sede do TP, em Lisboa, e a ideia é exportar a experiência formativa, métodos de ensino, conteúdos e estrutura programática dos cursos do TP.
“Este programa vem na sequência daquilo que nós definimos há alguns anos, que é o processo de internacionalização das escolas do Turismo de Portugal”, começou por explicar Luís Araújo.
Para o responsável, o protocolo com a Arábia Saudita, que se insere no processo de internacionalização das escolas de turismo, “é um reconhecimento muito positivo daquilo que Portugal está a fazer” no setor.
“Este primeiro passo é nós exportarmos os conteúdos, formadores, fazermos formação lá fora. O segundo passo é atrairmos alunos da Arábia Saudita que queiram vir fazer formação cá em Portugal e, obviamente, depois de fazerem formação também trabalhar cá em Portugal”, acrescentou o presidente do TP.
Segundo Luís Araújo, a formação na área do Turismo em Portugal abrange conteúdos que ainda não são trabalhados na Arábia Saudita, como o digital, a sustentabilidade ou o ‘marketing’ relacionado com o setor.
No futuro, o Turismo de Portugal pretende criar uma certificação internacional que permita o intercâmbio de alunos entre os dois países, algo que considera especialmente relevante, face à falta de recursos humanos no setor.
“O nosso interesse com esta questão da certificação é, mais uma vez, posicionar Portugal na liderança destas questões da formação técnico-profissional, mas também, de certa maneira, exportar aquilo que são os bons exemplos do que Portugal está a fazer”, apontou Luís Araújo.
O responsável defendeu que a falta de recursos humanos, de que tanto se voltou a falar recentemente, tem de ser vista por três vertentes: a questão demográfica, que se prende com a falta de pessoas para o turismo, não só em Portugal mas na Europa, a componente da formação e qualificação profissional e a atratividade do setor.
“Estamos a falar de inúmeras coisas: estamos a falar de salários, de planos de carreira, de direcionarmos a resposta das necessidades às necessidades dos colaboradores”, apontou o presidente do TP.
Para Luís Araújo, “a atratividade do setor é uma estrada com duas vias”, que se faz através das empresas, dando formação aos empresários para que valorizem a componente dos recursos humanos e, por outro lado, para que apostem na tecnologia.
“Se fizermos isso, […] provavelmente, vamos ter hipótese de ir buscar pessoas a outras áreas económicas, a outros países que não apenas aqueles de que toda a gente fala e que são os mais considerados quando se fala de trazer recursos humanos e, claramente, pessoas muito mais qualificadas para o setor”, concluiu o presidente do TP.
Assine o ECO Premium
No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.
De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.
Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.
Comentários ({{ total }})
Portugal vai ensinar alunos de turismo na Arábia Saudita para atrair recursos humanos
{{ noCommentsLabel }}