Portugal vai ensinar alunos de turismo na Arábia Saudita para atrair recursos humanos

  • Lusa
  • 21 Dezembro 2021

Turismo de Portugal vai assinar um protocolo com uma escola da Arábia Saudita, para intercâmbio de conteúdos formativos e para atrair recursos humanos.

O Turismo de Portugal assina esta terça-feira um protocolo com uma escola da Arábia Saudita, para intercâmbio de conteúdos formativos, sendo o próximo passo atrair recursos humanos para trabalhar em Portugal, disse o presidente da autoridade turística, Luís Araújo, à Lusa.

A formalização do acordo entre o Turismo de Portugal (TP) e a Zdak Culinary Academy, uma reconhecida escola da Arábia Saudita, tem lugar esta tarde, na sede do TP, em Lisboa, e a ideia é exportar a experiência formativa, métodos de ensino, conteúdos e estrutura programática dos cursos do TP.

“Este programa vem na sequência daquilo que nós definimos há alguns anos, que é o processo de internacionalização das escolas do Turismo de Portugal”, começou por explicar Luís Araújo.

Para o responsável, o protocolo com a Arábia Saudita, que se insere no processo de internacionalização das escolas de turismo, “é um reconhecimento muito positivo daquilo que Portugal está a fazer” no setor.

“Este primeiro passo é nós exportarmos os conteúdos, formadores, fazermos formação lá fora. O segundo passo é atrairmos alunos da Arábia Saudita que queiram vir fazer formação cá em Portugal e, obviamente, depois de fazerem formação também trabalhar cá em Portugal”, acrescentou o presidente do TP.

Segundo Luís Araújo, a formação na área do Turismo em Portugal abrange conteúdos que ainda não são trabalhados na Arábia Saudita, como o digital, a sustentabilidade ou o ‘marketing’ relacionado com o setor.

No futuro, o Turismo de Portugal pretende criar uma certificação internacional que permita o intercâmbio de alunos entre os dois países, algo que considera especialmente relevante, face à falta de recursos humanos no setor.

“O nosso interesse com esta questão da certificação é, mais uma vez, posicionar Portugal na liderança destas questões da formação técnico-profissional, mas também, de certa maneira, exportar aquilo que são os bons exemplos do que Portugal está a fazer”, apontou Luís Araújo.

O responsável defendeu que a falta de recursos humanos, de que tanto se voltou a falar recentemente, tem de ser vista por três vertentes: a questão demográfica, que se prende com a falta de pessoas para o turismo, não só em Portugal mas na Europa, a componente da formação e qualificação profissional e a atratividade do setor.

“Estamos a falar de inúmeras coisas: estamos a falar de salários, de planos de carreira, de direcionarmos a resposta das necessidades às necessidades dos colaboradores”, apontou o presidente do TP.

Para Luís Araújo, “a atratividade do setor é uma estrada com duas vias”, que se faz através das empresas, dando formação aos empresários para que valorizem a componente dos recursos humanos e, por outro lado, para que apostem na tecnologia.

“Se fizermos isso, […] provavelmente, vamos ter hipótese de ir buscar pessoas a outras áreas económicas, a outros países que não apenas aqueles de que toda a gente fala e que são os mais considerados quando se fala de trazer recursos humanos e, claramente, pessoas muito mais qualificadas para o setor”, concluiu o presidente do TP.

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