Ainda havia 1.200 milhões de crédito em moratória a um mês do fim do prazo
Termina esta sexta-feira a totalidade dos contratos em moratória. Portugal foi dos países europeus onde mais se recorreu à medida, tendo o volume máximo de crédito sido atingido em setembro de 2020.
No dia em que termina a totalidade dos contratos em moratória, o Banco de Portugal informa que no final de novembro já só havia 1.200 milhões de euros em empréstimos abrangidos por esta medida, dos quais mil milhões concedidos a empresas.
Os dados divulgados esta sexta-feira pelo banco central, liderado por Mário Centeno, mostram que o montante de crédito em moratória começou a ter uma queda acentuada no final do verão, explicada pelo fim da moratória pública a 30 de setembro, criada pelo Governo para conter o impacto financeiro da pandemia.
Em junho, o Parlamento ainda tentou uma nova extensão da moratória pública até final do ano, mas a medida, ainda que aprovada pelos deputados, caiu por terra depois de a Autoridade Bancária Europeia (EBA) ter fechado a porta a essa pretensão.
Portugal foi um dos países europeus onde mais se recorreu às moratórias bancárias. E as estatísticas do Banco de Portugal mostram que o volume máximo foi atingido em setembro do ano passado, quando atingiu os 48,1 mil milhões de euros.
Instituído logo no início da pandemia, esta medida permitiu aos clientes bancários beneficiar da suspensão dos juros e/ou capital do empréstimo durante meses. E foi alvo de várias alterações no sentido de prolongar o prazo da moratória, por causa dos vários confinamentos – mais ou menos alargados – que o Governo impôs no último ano e meio para controlar as vagas de infeções.
Os bancos e as instituições de crédito especializado também avançaram com regimes privados de moratórias, aproveitando a janela regulatória aberta pela EBA, mas as medidas foram descontinuadas progressivamente sem que o setor tenha assistido a uma onda de incumprimentos.
Assine o ECO Premium
No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.
De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.
Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.
Comentários ({{ total }})
Ainda havia 1.200 milhões de crédito em moratória a um mês do fim do prazo
{{ noCommentsLabel }}