Sites do Expresso e da SIC alvo de ataque informático

Os sites do jornal Expresso e da SIC estão em baixo. No caso da página da SIC é exibida uma mensagem com um pedido de resgate de um grupo de nome Lapsus$, que fez vários ataques em dezembro no Brasil.

Os sites do jornal Expresso e da SIC foram hackeados e estão em baixo. No caso da página da SIC é exibida uma mensagem com um pedido de resgate de um grupo de nome Lapsus$, que protagonizou ataques recentes no Brasil. A Impresa, detentora do canal e do jornal, já confirmou que há vários sites do grupo indisponíveis devido a um aparente ataque informático.

“Os dados serão vazados caso o valor necessário não for pago. Estamos com acesso nos painéis de ‘cloud’. Entre outros tipos de dispositivos, o contato para o resgate está abaixo”, diz a mensagem exibida no écran do site da SIC. É depois exibido um endereço de uma conta na rede social Telegram e um endereço de email.

A conta de Twitter do Expresso também foi pirateada, surgindo um post fixado no topo da página com o título: “Lapsus$ é oficialmente o novo presidente de Portugal”.

O grupo Impresa confirma que os sites do EXPRESSO e da SIC, bem como algumas das suas páginas nas redes sociais, estão temporariamente indisponíveis, aparentemente alvo de um ataque informático, e que estão a ser desencadeadas ações no sentido de resolver a situação”, afirma em empresa num curta nota.

O mesmo grupo terá alegadamente protagonizado um ataque no dia 10 de dezembro a vários sites no Brasil: Ministério da Saúde, Portal Covid e ConecteSUS, uma plataforma de saúde para cidadão, profissionais e gestores de saúde. A emissão de certificados de vacinação teve de ser suspensa.

Nas páginas surgia uma mensagem idêntica à que se vê no site da SIC: “Os dados internos dos sistemas foram copiados e excluídos. 50 TB de daos está em nossas mãos. Nos contacte caso queiram o retorno dos dados”. Não há notícias que apontem para o pagamento do resgate, mas os sistes voltaram a estar no ar.

Outros sistes do Estado foram atacados, entre eles a Secretaria do Governo (SGD), VLibras, Sistema de Administração dos Recursos de Tecnologia da Informação (SISP) e Serviços. Nesta última página, o grupo colocou uma mensagem onde diz que o seu único intuito é “obter dinheiro” e não tem intenções políticas.

Este tipo de ataques são conhecidos como ransomware. Nestes casos, tipicamente o pirata informático consegue acesso ao sistema informático da organização e bloqueia o acesso aos dados. Caso o resgate não seja pago, a informação é apagada, causando enormes prejuízos. O acesso pode ser conseguido através do envio de um email com um ficheiro malicioso para pessoas da empresa, que inadvertidamente nele clica e executa o software.

O Lapsus$ Group reclamou também ter pirateado o site da operadora de telecomunicações brasileira Claro e bloqueio de 10 mil TB de dados. A empresa negou apesar de vários serviços terem ficado indisponíveis entre 27 e 29 de dezembro.

(Notícia atualizada às 12h20)

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