Ministério Público está a investigar ataque informático aos sites do grupo Impresa
O Ministério Público confirmou a "existência de inquérito" ao ciberataque de que foram alvos os sites do grupo Impresa do último domingo.,
O Ministério Público (MP) está a investigar o ataque informático ao grupo Impresa, que deixou indisponíveis entre domingo e terça-feira os sites do jornal Expresso e da estação televisiva SIC, revelou esta quarta-feira a Procuradoria-Geral da República (PGR).
“Confirma-se a existência de inquérito relacionado com a referida factualidade, a correr termos no DIAP [Departamento de Investigação e Ação Penal] da Comarca de Lisboa Oeste (Ministério Público de Oeiras)”, disse fonte oficial da PGR em resposta à Lusa.
O grupo Impresa tinha adiantado em comunicado no domingo que estava já a trabalhar com “as autoridades competentes, nomeadamente com a Polícia Judiciária e com o Centro Nacional de Cibersegurança”, acrescentando que iria apresentar uma queixa-crime e classificando o sucedido como um “atentado nunca visto à liberdade de imprensa em Portugal na era digital”.
Segundo a CNN Portugal, “os sites do jornal Expresso e da SIC e SIC Notícias foram atacados por um grupo de hackers conhecido como o Lapsus Group, sendo exigido “o pagamento de um resgate para a desbloquear o acesso”. De acordo com a estação, “o site da revista Blitz também foi afetado pelo ataque ransomware” (um tipo de malware, ou software malicioso, que restringe o acesso ao sistema infetado com uma espécie de bloqueio e cobra um resgate em criptomoedas para que o acesso possa ser restabelecido).
“Os dados serão vazados caso o valor necessário não for pago. Estamos com acesso nos painéis de ‘cloud’ (AWS) entre outros tipos de dispositivos. O contacto para o resgate está abaixo”, podia ler-se na mensagem disposta pelo grupo no endereço do semanário.
Só na noite de terça-feira, mais de 48 horas depois do ataque informático, é que os sites do grupo Impresa voltaram ao ativo com o mesmo endereço, mas em formato provisório.
Numa nota publicada na página provisória do Expresso, a direção do semanário explicou que os sites temporários permitirão levar aos leitores as notícias que têm sido publicadas, nos últimos dias, nas redes sociais do jornal.
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