Ex-dirigente da DGS André Peralta Santos defende alívio de restrições

  • Joana Abrantes Gomes
  • 4 Fevereiro 2022

O ex-diretor de Serviços de Informação e Análise da DGS justifica o alívio de restrições pelo facto de o vírus (por agora) ter deixado de ser uma ameaça ao normal funcionamento do sistema de saúde.

O ex-diretor de serviços de Informação e Análise da Direção-Geral da Saúde (DGS), André Peralta Santos, considera que a Covid-19, por enquanto, deixou de ser uma ameaça ao normal funcionamento do sistema de saúde e defende um novo alívio das restrições pandémicas.

Numa série de publicações no Twitter, o antigo responsável da DGS justifica a necessidade de alívio de medidas tendo por base um estudo feito em Portugal — do qual é um dos autores –, que concluiu que quem está infetado com a variante Ómicron tem um risco de hospitalização 75% inferior comparado com alguém infetado com a variante Delta. “Esta redução de risco é independente da idade, sexo, estado vacinal e infeção prévia”, sublinha.

Além disso, o estudo destaca que, se uma pessoa infetada com a Ómicron for hospitalizada, fica, em média, menos quatro dias internada, sendo o risco de morte igualmente menor face a uma pessoa infetada com a Delta.

Este estudo português confirma, deste modo, os primeiros estudos com conclusões semelhantes realizados no Reino Unido, nos EUA e no Canadá, que apontavam para uma menor severidade da Ómicron, atualmente responsável por cerca de 90% das infeções por Covid-19 em Portugal, em comparação com a variante Delta.

A par com a elevada taxa de população vacinada no país, esses fatores ajudam a explicar “um número de casos recente que é quatro vezes o máximo histórico anterior, mas com hospitalizações e mortes muito inferiores”, afirma André Peralta Santos. Por isso, conclui, “o ajuste das medidas ao risco esteve genericamente bem até agora, e precisa de ser novamente revisto com alívio de medidas”.

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