BRANDS' ECOSEGUROS Wake up call: (re)imaginar a função fiscal nas companhias de seguros

  • ECOseguros + EY
  • 24 Fevereiro 2022

Inês Cabral, Partner EY, Tax Financial Services, fala da importância de as companhias de seguros refletirem sobre as funções das suas equipas fiscais face à transformação que é exigida ao setor.

De acordo com um survey recentemente realizado, 87% das companhias de seguros estão a mudar os seus modelos operativos financeiros e fiscais e 85% consideram existir uma elevada probabilidade de nos próximos 24 meses optarem pelo co-sourcing de tarefas inerentes a estas áreas. Números impressionantes, mas expectáveis…

Entre setembro e dezembro de 2021, a EY realizou o “2022 EY Tax and Finance Operations Survey”, o qual foi conduzido, de forma anónima e independente, pela Euromoney Thought Leadership Consulting. Os resultados extraídos deste survey vieram confirmar uma tendência que se encontra perfeitamente em linha com as expectativas de quem conhece a fundo estes temas e as instituições, adicionando, contudo, uma quantificação que, pela sua expressividade, evidencia a urgência do tema.

Inês Cabral, Partner EY, Tax Financial Services

As 50 perguntas colocadas a responsáveis pelas áreas financeira e fiscal endereçaram questões associadas aos custos da função fiscal, à necessidade de transformação da forma como esta área, por regra, opera, às opções de co-sourcing, ao foco na tecnologia e na otimização de processos, bem como na criação de valor no longo prazo e na atuação das companhias de acordo com os chamados critérios ESG (Environmental, Social, and Governance).

"Acreditamos que no dia-a-dia das equipas de Tax das companhias de seguros é impossível não se sentir o peso crescente do Compliance, as exigências de reportar, reconciliar e justificar dados cada vez mais detalhados, reduzir custos mantendo o rigor das análises (…)”

Inês Cabral

Partner EY, Tax Financial Services

Em última instância, pretendeu-se obter uma perspetiva atual e independente relativamente à forma como os departamentos fiscais funcionam e quais os seus grandes desafios e prioridades.

Não será novidade que, em termos dos desafios que se colocam às companhias de seguros, os mesmos podem agregar-se em quatro grandes áreas: talento, alterações fiscais e regulatórias, tecnologia e custos. Por outro lado, também são conhecidas as vantagens associadas ao co-sourcing (ex: maior foco nas atividades de valor acrescentado, redução de riscos e de custos) e à incorporação de tecnologia nos processos, sendo, para este efeito, inevitável o inerente esforço de capacitação das equipas fiscais no que respeita a know how técnico relacionado com o tratamento de dados, processos e tecnologia. Por tudo isto, acreditamos que esta reflexão não pode não estar presente em todas as companhias de seguros. Algumas companhias já terão decidido qual o caminho a tomar, existindo diferentes graus de concretização da estratégia delineada.

Com efeito, acreditamos que no dia-a-dia das equipas de Tax das companhias de seguros é impossível não se sentir o peso crescente do Compliance, as exigências de reportar, reconciliar e justificar dados cada vez mais detalhados, reduzir custos mantendo o rigor das análises, muitas vezes com base em sistemas que não foram concebidos para fazer face às atuais necessidades e conviver confortavelmente com a cada vez mais desejada transparência fiscal. Se a isto adicionarmos temas técnicos cada vez mais complexos e estruturantes, temos todos os ingredientes para justificar a prioridade deste exercício.

"Não se trata de um exercício de futurologia, mas sim de uma constatação bastante pragmática face a exigências que já hoje são bem reais.”

Inês Cabral

Partner EY, Tax Financial Services

Para quem ainda está no início desta reflexão, talvez começar por mapear todas as tarefas/processos assegurados pela equipa fiscal, hierarquizá-los, identificar onde estamos, que problemas ou ineficiências existem e onde queremos estar no futuro próximo (não só em termos de outputs como de poupanças para a companhia), que recursos existem atualmente devidamente capacitados e quais os níveis exigidos para concretizar a transformação pretendida, como dotar a equipa do know how necessário e que soluções (in house ou em co-sourcing) podem ser equacionadas.

Não se trata de um exercício de futurologia, mas sim de uma constatação bastante pragmática face a exigências que já hoje são bem reais.

Interessado em saber mais? Subscreva aqui as comunicações da EY Portugal (convites, newsletters, estudos, etc).

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Comentários ({{ total }})

Wake up call: (re)imaginar a função fiscal nas companhias de seguros

Respostas a {{ screenParentAuthor }} ({{ totalReplies }})

{{ noCommentsLabel }}

Ainda ninguém comentou este artigo.

Promova a discussão dando a sua opinião