Leão diz que ministros das Finanças da UE vão estudar banir a Rússia do SWIFT
João Leão revelou que os ministros das Finanças da UE pediram ao BCE e à Comissão que estudassem as implicações da exclusão da Rússia do SWIFT. Seria uma "arma nuclear", disse o português.
João Leão revelou que o Banco Central Europeu (BCE) e a Comissão Europeia vão estudar as implicações para a Europa da exclusão da Rússia do sistema SWIFT, um pedido que foi feito pelos ministros das Finanças da União Europeia que estiveram reunidos esta sexta-feira.
Leão não revelou a posição portuguesa nesta matéria que não tem sido consensual, acrescentando que nenhum país se mostrou contra esta sanção que é considerada uma “arma nuclear ao nível do sistema financeiro”, pois bloquearia a Rússia nas “suas relações económicas a nível mundial”.
“Pelo contrário, os países mostraram a necessidade de se estudar o impacto” desta medida e os ministros das Finanças pediram ao Banco Central Europeu (BCE) e à Comissão Europeia para fazer essa análise no sentido de “se ponderar mais tarde a exclusão a Rússia do sistema SWIFT”, assumiu João Leão à saída de um encontro do ECOFIN, a partir de Paris, em declarações transmitidas pela RTP3.
O ministro português avisou ainda que as sanções contra a Rússia também vão ter consequências económicas na Europa e a população “tem de estar preparada para sofrer as consequências” em defesa da democracia, avisou o ministro das Finanças, João Leão, à saída de um encontro do ECOFIN.
“As sanções vão ter impactos económicos. A população europeia tem de estar preparada para sofrer algum tipo de consequências económicas das sanções, mas há algo de importante que está aqui em causa que é a defesa da democracia, não só da Ucrânia”, disse.
O ministro adiantou que os seus colegas europeus mostraram abertura para “aumentar as sanções, nomeadamente no âmbito económico e financeiro”, contra a Rússia, depois da invasão militar iniciada esta quinta-feira. Leão falou em “sanções com máximo de impacto na elite russa, em quem decidiu esta guerra não provocada, e dentro do possível, no quadro das decisões tomadas, evitar sanções com impactos devastadores sobre a economia e população europeia”.
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