PCP contra venda da Efacec. “Não garante” papel estratégico para o país
Reprivatização da Efacec, aprovada pelo Governo esta quinta, "não garante nem o futuro, nem o papel estratégico” que a empresa “deve ter ao serviço do desenvolvimento da economia”, diz PCP.
O PCP insurgiu-se contra a reprivatização da Efacec ao grupo português DST, por considerar que “não garante nem o futuro, nem o papel estratégico” que a empresa poderia ter no desenvolvimento económico do país.
Em comunicado, os comunistas consideram que a reprivatização de uma empresa, “que ao longo da sua existência teve por diversas vezes intervenção pública, não garante nem o futuro, nem o papel estratégico” que a Efacec “pode e deve ter ao serviço do desenvolvimento da economia” de Portugal.
Na ótica do partido, o Estado “não pode, como tem acontecido recorrentemente, ser chamado a intervir em empresas privadas, quando estas se revelam incapazes de honrar os seus compromissos, injetar significativos recursos públicos” e depois reprivatizá-las.
O PCP acrescenta que uma vez feita a nacionalização, a Efacec deveria ter continuado na esfera pública e o Governo, liderado pelo socialista António Costa, deveria ter criado “todas as condições para o desenvolvimento e robustecimento” da empresa, de modo a valorizar os “mais de 2.000 trabalhadores” que nela trabalham e a integrar a Efacec no tecido industrial do país.
O Governo aprovou na quinta-feira, em reunião do Conselho de Ministros, a venda da Efacec ao grupo DST, o único que apresentou uma proposta final de aquisição dos 71,73% que estão nas mãos do Estado.
O anúncio foi feito pelo secretário de Estado das Finanças, João Nuno Mendes, que disse que esta era a melhor proposta, uma vez que “permite acautelar os interesses do Estado”, considerando também a situação financeira da empresa.
A Efacec é uma empresa dos setores da energia, engenharia e mobilidade.
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