Crédito à habitação supera mil milhões há 11 meses

Foram emprestados 1.187 milhões de euros para aquisição de habitação no arranque do ano.

Há 11 meses que os bancos estão a conceder mais de mil milhões de euros às famílias para a compra de casa. Em janeiro, foram emprestados 1.187 milhões de euros para aquisição de habitação, de acordo com os dados divulgados esta quinta-feira pelo Banco de Portugal.

Ainda assim, trata-se de uma redução de 18% em relação a dezembro, mês em que o crédito à habitação atingiu os 1.458 milhões, o valor mais elevado desde 2008. Já em comparação com janeiro de 2021, regista-se uma subida bastante expressiva: mais 22%.

Janeiro é por tradição um mês menos ativo no que diz respeito ao mercado do crédito à habitação.

A procura por crédito para a aquisição de casa tem vindo a subir desde, pelo menos, o final de 2016. Estabilizou nos primeiros meses da pandemia, há dois anos, por causa do confinamento. Mas disparou já no final de 2020 e prosseguiu a tendência de forte aceleração em 2021. Ao todo, no ano passado, foram concedidos mais de 15 mil milhões para a compra de casa, naquele que foi o melhor ano desde 2007.

Crédito da casa mantém bom momento

Fonte: Banco de Portugal

Entretanto, o Banco de Portugal prepara-se para apertar as regras de acesso ao crédito da casa, designadamente ao restringir ainda mais critério das maturidades máximas dos empréstimos: vão descer para 37 anos para os mutuários com idade superior a 30 anos e inferior ou igual a 35 anos, e para 35 anos para os mutuários com idade superior a 35 anos.

A medida entra em vigor em abril e visa convergir a maturidade média dos novos contratos de crédito à habitação para 30 anos até ao final de 2022. Em dezembro do ano passado a maturidade média situava-se nos 32,5 anos.

Janeiro ficou ainda marcado por uma descida da taxa média cobrada nestes empréstimos. Caiu para 0,81% face aos 0,83% de dezembro.

No total, os bancos financiaram as famílias em 1,7 mil milhões de euros no mês de novembro. Além dos 1.187 milhões para a casa, os particulares também pediram 369 milhões de euros para a finalidade de consumo e 158 milhões de euros para outros fins. ” A redução dos novos empréstimos a particulares encontra-se em linha com o padrão que tem sido observado nos meses de janeiro”, salienta do Banco de Portugal.

(Notícia atualizada às 11h51)

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