Custo da construção continua a subir. Materiais ficaram 9% mais caros em janeiro

Os custos da construção (e também os salários) continuam a subir e estão 7% mais altos do que há um ano. Em janeiro, os materiais ficaram 9% mais caros.

Construir uma casa é cada vez mais caro, sobretudo devido ao preço dos materiais — nomeadamente aços, produtos cerâmicos, gasóleo e madeiras e derivados –, que disparou mais de 9% em janeiro, mas também ao custo com a mão-de-obra. Os dados do Instituto Nacional de Estatística (INE) mostram que, em janeiro, os custos da construção aumentaram cerca de 7%, em linha com os salários do setor.

Os custos da construção de nova habitação continuam a subir e, no arranque do ano, aumentaram 7,2% em termos homólogos, acelerando 0,2 pontos percentuais (p.p.) face a dezembro de 2021, diz o INE. Tal como nos últimos meses, este desempenho deve-se, sobretudo, a dois fatores: subida do preço dos materiais e subida do custo da mão-de-obra.

Os preços dos materiais usados na construção (com um peso de 5,3 p.p. no cálculo) aumentaram 9,1% (acima da subida de 8,2% em dezembro). Entre os materiais que mais contribuíram para esta evolução estão os aços, os produtos cerâmicos, o gasóleo e madeiras e derivados de madeira, todos com crescimentos homólogos acima dos 20%, detalha o INE.

Contribuições para a formação da taxa de variação homóloga do Índice e de Custos de Construção de Habitação Nova (ICCHN).INE

Por sua vez, o custo da mão-de-obra (peso de 1,9 p.p. no cálculo) aumentou 4,5% em janeiro, abaixo do crescimento de 5,2% observado em dezembro. Ainda de acordo com o INE, no início do ano, os índices de emprego e de remunerações apresentaram variações homólogas, respetivamente, de 2% e 6,6% (acima de 1,7% e 6% no mês anterior). Comparando com dezembro, o emprego subiu 0,5% e as remunerações caíram 19,6%.

Numa análise em cadeia, a taxa de variação mensal do ICCHN foi 1,1% em janeiro, enquanto o custo dos materiais aumentou 2,7% e custo da mão-de-obra diminuiu 1,1%, de acordo com os dados do INE.

Em termos de produção na construção (evolução do volume da produção no curto prazo, analisando o número de horas trabalhadas), o índice cresceu 3,3% em janeiro (2,6% em dezembro), sendo que a construção de edifícios aumentou 2,3% (2,1% em dezembro) e a engenharia civil acelerou 1,2 p.p. para uma taxa de variação de 4,7%.

(Notícia atualizada às 11h48 com mais informação)

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